Desde
que a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) resolveu implantar o
Plano de Cargos e Salários (PECS), em agosto de 2013, o Sindaport vem tentando
corrigir algumas distorções, entre elas o engessamento profissional de alguns
companheiros enquadrados equivocadamente na nova norma.
Após
promover diversas ações junto ao Departamento de Coordenação e Governança das
Empresas Estatais (DEST), importante órgão do Ministério do Planejamento,
Orçamento e Gestão, onde as autoridades inclusive se mostraram sensíveis aos
argumentos, o Sindaport não obteve êxito em suas reivindicações.
Apesar
da aparente “sensibilidade” inicialmente demonstrada, o sempre controverso DEST
não aceitou as justificativas apresentadas pelos técnicos da CODESP que, entre
outras abordagens, aproveitaram o ensejo para tentar corrigir também as
distorções no enquadramento da categoria de Especialista Portuário (EP).
Objetivando
equacionar o problema, a direção do Sindaport participou de várias reuniões com
o ex-presidente da Autoridade Portuária de Santos, Renato Barco, e
posteriormente com o atual, Angelino Caputo, que lamentavelmente nada fizeram
alegando a já manjada “falta de autonomia”.
Diante
do batido argumento oportunamente utilizado pelos mandatários da estatal sempre
que os temas em questão são de interesse dos empregados, não restou ao
Sindaport outra alternativa, a não ser ingressar com nova ação judicial contra
a empresa em defesa dos interesses dos colaboradores afetados com o PECS, que
acaba de completar um ano.
Nesse
sentido, o advogado da entidade sindical, Eraldo Franzese, já adotou todas as
providências necessárias junto a Justiça do Trabalho, cabendo ao Sindaport a
condição de substituto processual. “Vale lembrar que o engessamento trouxe
prejuízos no enquadramento profissional, pelo qual alguns companheiros ficaram
à margem de qualquer possibilidade de promoção de nível, seja por merecimento
ou por antiguidade”, ressaltou o presidente do sindicato, Everandy Cirino dos
Santos.
Segundo
ele, os empregados afetados com a medida imposta pela estatal foram desvalorizados.
“Ficaram estagnados no último nível e sem qualquer perspectiva de crescimento
profissional nos quadros hierárquicos da empresa, com o que nós não concordamos
e por isso, lamentavelmente, estamos celebrando os 100 dias de gestão do novo
presidente da Codesp com um novo processo na Justiça do Trabalho”.
A
ação judicial pode ser acompanhada pelo site do TRT – 2ª Região/SP, protocolo
de distribuição datado de 25/08/2014 – Processo nº 00017007920145020441,
sujeito a mudança de numeração.
Fonte: Sindaport
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