Foto: Reprodução PPF
Na
última segunda-feira (23), a diretoria da Associação Profissional da Guarda
Portuária do Rio de Janeiro (AGPERJ), com o apoio de um grupo de guardas
portuários, inspetores e aposentados, fundou o Sindicato da Guarda Portuária do
Rio de Janeiro (SINDGUAPOR-RJ).
Depois
de algumas discussões e dúvidas, principalmente com respeito aos tópicos do
estatuto, o atual presidente da AGPERJ, Dejacy da Conceição foi eleito
presidente do Sindguapor.
A
criação deste sindicato expõe a divisão da categoria naquele estado, a luta
pelo poder e pela representação sindical, envolvendo inclusive as centrais
sindicais, uma vez que o Sindicato dos Portuários do Rio de Janeiro (STSPPERJ),
atual representante da categoria, é filiado a Central Única dos Trabalhadores
(CUT) e o SINDGUAPOR-RJ teve o apoio da Força Sindical para a sua criação.
Apesar
de ter sido fundado, o SINDGUAPOR-RJ só terá a capacidade de estar em juízo na
defesa dos interesses da categoria que representa depois de devidamente
registrado no órgão competente do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
A
personalidade sindical, mediante a qual o sindicato está apto a exercer suas
funções institucionais, somente é adquirida mediante a obtenção da Carta
Sindical, pois a personalidade jurídica não se confunde com a personalidade
sindical, sendo a fundação o marco de existência da pessoa jurídica para os atos
da vida civil, e a Carta o marco para o reconhecimento da representatividade
sindical.
Com
certeza, a concessão da Carta Sindical ao SINDGUAPOR-RJ será contestada pelo STSPPERJ,
atual representante da categoria, pois o art. 8º, inc. II, da Constituição da
República, por sua vez, exigiu como princípio da organização sindical a
unicidade sindical, de modo a coibir a existência de dois sindicatos
representativos da categoria na mesma base territorial. O Supremo Tribunal
Federal, intérprete soberano da Constituição da República, editou a Súmula 677
, segundo a qual, até que lei venha a dispor a respeito, é incumbência do MTE, proceder
ao registro das entidades sindicais e zelar pela observância do princípio da
unicidade.
A
fundação deste sindicato no momento é injustificável, ou no mínimo inoportuna,
visto que o atual presidente do STSPPERJ, Sergio Gianetto, defende a Guarda Portuária, tendo sido personalidade marcante na defesa desta categoria na luta pela
sua inserção na Lei 12.815/13.
O
STSPPERJ também não tem se omitido em denunciar as precárias condições de
trabalho dos guardas portuários, das pessimas condições das viaturas (depois das
denúncias novas viaturas foram adquiridas), da falta de uniformes, da falta do
porte de armas, etc..., no movimento intitulado SOS Guapor.
Os
atuais representantes da Guarda Portuária no STSPPERJ, Ange Biniou, Roberto
Pinho, Sergio Mendonça, entre outros, estão sempre se fazendo presente em todos
os assuntos que envolvam a categoria, não só no Rio de Janeiro, como em todo o País, sendo um dos sindicatos mais atuantes na defesa dos guardas
portuários.
No
momento em que a Guarda Portuária deveria estar unida por estar às portas de
ser regulamentada pelo poder concedente, e as Companhias Docas, assim como aqueles
que têm atualmente as concessões de portos, estarem ávidos pela sua
terceirização, esta divisão enfraquece a luta, trazendo uma dúvida: A quem
interessa a fundação do sindicato neste momento?
Não sou contra a criação do sindicato da guarda portuária,em qualquer porto do pais
ResponderExcluiraté acho que deveria mesmo ser criada,pois acredito que a guarda deveria ter seu sindicato
Nas o momento em que estamos atravessando no que se refere a guarda portuária em todo
pais não seria este o momento,pois acredito que tal atitude deveria ser feito em acordo com
o sindicato dos portuários do Rio de Janeiro que diga-se de passagem esta muito bem
defendendo a categoria sendo uns do sindicatos mais atuante e participativo do pais em
defesa da regulamentação da guarda portuária,mas ja que esta feito desejo boa sorte e bom
entendimento com o sindicato dos portuários do Rio dfe Janeiro.
Att; LÚCIO RICARDO NATAL
SINTAC LAGUNA S/C