Reduzir
em cerca de 50% o tempo de entrada de contêineres de importação que desembarcam
em outros terminais é o objetivo da Embraport com o uso de um aplicativo que
permite a automatização do processo. Ele foi desenvolvido pela equipe do
terminal em parceria com uma empresa terceirizada e será responsável pelo
monitoramento das caixas metálicas até o acesso ao gate da instalação, que fica
na Área Continental de Santos.
Foram
necessários pelo menos dois meses para o desenvolvimento do aplicativo e sua
fase de testes, durante a operação do terminal. Ele servirá apenas para os
contêineres que tem como destino a Embraport, mas desembarcaram em outras
instalações do cais santista.
Há
cerca de trinta dias, o novo sistema eletrônico começou a ser utilizado por caixeiros
e vistoriadores e é considerado um sucesso. Os primeiros são responsáveis por
conferir os contêineres no momento em que eles desembarcam em outros terminais.
Já os outros profissionais têm como obrigação fazer a conferência dos dados
antes da entrada na Embraport.
Antes
do aplicativo, os caixeiros se deslocavam até os terminais que recebiam o
contêiner importado. Lá, conferiam dados de lacre, o estado do cofre, além da
documentação para, só assim, autorizar a liberação da caixa metálica. Tudo era
feito de forma manual, com o preenchimento em duas vias de um formulário.
Agora,
com o aplicativo Sistema Embraport Online (EOL), os caixeiros recebem telefones
celulares conectados a internet e nele inserem os mesmos dados. A partir do
momento da liberação da carga, os vistoriadores já recebem as informações e o
setor de segurança patrimonial pode monitorar o tempo necessário para a entrada
da carga no terminal.
“Com
o celular com tecnologia 3G ou 4G, o caixeiro tem um campo para o preenchimento
de informações como o número do contêiner, o navio em que ele veio, as avarias
e lacres, além da placa do veículo e do nome do motorista que irá
transportá-lo. Quando ele confirma, gera um agendamento”, explicou o
coordenador de TI (Tecnologia da Informação) da Embraport, Marcio André Mateus.
Já
na entrada do terminal, o vistoriador, que também utiliza telefones celulares
com internet, digita o número do contêiner no aplicativo e obtém todas as
informações disponibilizadas pelo caixeiro.
A
partir daí, ele fica responsável por conferir todos os itens que foram
descritos. Em caso de divergência, ele é obrigado a reportar o caso à
segurança. Mas, caso esteja tudo correto, é autorizada a entrada do caminhão
que transporta o contêiner na Embraport.
“Se
todos os terminais usassem essa tecnologia, com o tempo se evitaria o uso do
papel e tudo poderia ser feito eletronicamente. O objetivo é fazer com que
outras instalações vejam que ele (o aplicativo) funciona”, destacou o
coordenador da Embraport.
Pesagem
Clientes
da Embraport podem, agora, pedir a repesagem de cargas pela internet. O
procedimento é feito no site da empresa e envolve a retirada do contêiner para
uma das balanças móveis no pátio.
Se
não houver divergência em relação ao último peso informado, o cliente arca com
os custos da movimentação. O mesmo acontece ao contrário, caso seja constatada
uma divergência acima de 10% do volume.
Para
a Embraport, a medida estabelece um padrão no processo que evita prejuízos de
receita e, ao mesmo tempo, gera controle e segurança para o cliente, que pode
consultar os gastos com repesagens feitas anteriormente.
Fonte:
Jornal A Tribuna
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