Reprodução TV Tribuna
Caminhoneiros
autônomos do Porto de Santos terão duas opções para o estacionamento de
veículos na Cidade. Uma delas será na Alemoa e a outra, na Ponta da Praia. A
decisão da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), anunciada ontem, é
vista como uma vitória pela categoria, que chegou a cogitar a realização de
protestos nas ruas de Santos por conta da falta de vagas onde parar seus
veículos.
A
queixa pela falta de estacionamentos para caminhões no Município é rotina há
décadas. O problema se agravou quando as vagas da Praça da Fome, no Valongo,
foram destinadas aos ônibus que levarão turistas ao Museu Pelé, com inauguração
prevista para as próximas semanas.
Diante
disto, na última segunda-feira, cerca de 50 caminhoneiros invadiram um terreno
da Codesp que estava desocupado, no Macuco. A área fica na Avenida Siqueira
Campos (Canal 4), nas proximidades da Avenida Almirante Tamandaré. O plano foi
chamar a atenção da Autoridade Portuária para o problema e forçar a oferta de novas
vagas para estacionamento.
Entre
as reivindicações, estavam a liberação da antiga área da empresa de transportes
Lloydbratti, na Ponta da Praia, e do terreno da Rede Ferroviária Federal S.A.
(RFFSA), na Alemoa. Ambas foram liberadas pela Secretaria de Patrimônio da
União (SPU) à Docas em abril do ano passado, justamente para se tornarem pátios
de veículos de carga.
A
Codesp cogitou pedir, na Justiça, a reintegração de posse do terreno do Macuco,
mas desistiu. O diretor-presidente da estatal, Angelino Caputo, recebeu ontem
grupos de caminhoneiros para discutir o assunto. Os encontros foram
intermediados e acompanhados pelo vereador Evaldo Stanislau (PT), de Santos.
Propostas
Como
conclusão dessas reuniões, Caputo prometeu desocupar uma parte do terreno da
Alemoa, onde estão carcaças de caminhões que foram guinchados pela Codesp. A
previsão é que este serviço seja feito na próxima semana, assim que os caminhoneiros
deixarem a área do Macuco, porque as peças serão transferidas para o local que
está hoje ocupado.
E
no final da tarde de ontem, a Codesp delimitou e disponibilizou espaço na área
da antiga Lloydbratti, para que os caminhoneiros deixem as instalações da Av.
Siqueira Campos.
Esse
terreno da Ponta da Praia já era ocupado por caminhoneiros e pelos veículos que
seguem em direção às instalações da Libra Terminais.
Mas
a Autoridade Portuária destacou que as duas medidas são provisórias. Isto
porque a estatal quer implantar um pátio de veículos oficial no terreno da
Alemoa. A Docas já verifica com o Ibama a necessidade de licenciamento
ambiental para a utilização completa dessa área. Lá, segundo os caminhoneiros,
podem ser implantadas 300 vagas rotativas.
A
gleba que era da Lloydbratti será, no futuro, utilizada como uma alça viária
para o acesso às instalações da Libra Terminais.
“Enquanto
tiver negociação, nós garantimos que não terá movimento. Já que o presidente da
Codesp se comprometeu a resolver o nosso lado, nós vamos ajudar e temos que
agradecê-lo. Somos mais de 3 mil caminhoneiros no vira e qualquer possibilidade
de estacionamento será muito boa”, afirmou Thales Cambuí, um dos caminhoneiros
recebidos por Caputo.
Fonte:
Jornal A Tribuna
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