Considerando
que as regras para o pagamento do P.L.R. são elaboradas através de acordo
coletivo de trabalho ou por comissão paritária, a Companhia Docas do Estado de
São Paulo (Codesp) escolheu equivocadamente a segunda opção e com isso vem
promovendo uma grande lambança. Além disso, para o cálculo dos pagamentos deste
ano as regras foram alteradas.
Se
em 2013 os critérios previam que 50% do montante fosse dividido em partes
iguais para todos os empregados, com os outros 50% sendo calculados sobre a
remuneração bruta de cada colaborador, neste ano a coisa mudou de figura, e
para pior já que os 50% passaram a ser calculados sobre o salário base. Como se
não bastasse, em 2014 o valor total foi 28% menor do que no ano passado.
Para
que o empregado receba 100% do valor que lhe é devido é preciso cumprir metas
de assiduidade, realizar exames médicos periódicos e participar de cursos de
aperfeiçoamento profissional. Tais metas fazem parte do regramento e são
inquestionáveis.
No
ano de 2013, com a implantação do PCES e a drástica redução das horas extras os
funcionários lotados na Guarda Portuária
foram impedidos de fazer cursos em virtude da falta de efetivo. Preocupado com
a situação e com seus associados o Sindaport encaminhou ofício à Codesp
(P.323/2013) alertando que os empregados lotados na corporação não poderiam ser
prejudicados.
Nesse
sentido, foram mantidas tratativas entre as lideranças sindicais e os
responsáveis pelo setor de Recursos Humanos da estatal objetivando a
normatização do procedimento a fim de se evitar prejuízos para os portuários.
Apesar disso, o Sindaport obteve informações seguras vindas de dentro da
empresa de que os Guardas Portuários foram seriamente prejudicados mediante
descontos de valores em razão da não participação nos cursos de
aperfeiçoamento.
As
lambanças não param por aí já que vários associados reclamaram dos valores
recebidos pelo P.L.R. inferiores dos pagos a diversos outros companheiros que
exercem a mesma função, porém com salário base maior. Ou seja, apesar de
Guilherme Guinle ter cumprido todas as metas e perceber salário base de R$
5.000,00, foi Cândido Gaffrée, igualmente cumpridor das mesmas metas e com um
salário menor (R$ 4.000,00), quem ganhou mais.
Isso
é o que se pode chamar de critérios justos e matemática moderna, práticas
comuns e cotidianas que só acontecem na Avenida Rodrigues Alves s/nº. Com a
palavra a nova diretoria da Codesp, que bem poderia contratar o Oswald de
Souza.
Fonte: Sindaport
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