A
Alfândega do Porto de Santos, no litoral de São Paulo, apreendeu 3.800 bolas “Brazucas”
falsificadas. O produto imita a bola oficial da Copa do Mundo Fifa 2014.
Segundo a Receita Federal, a tendência é que, até a Copa, aumente o número de
produtos falsificados chegando pelos portos brasileiros.
A carga partiu do Porto de Ningbo, na China e tinha como destino o Porto
de Suape, em Pernambuco. De
acordo com o inspetor-chefe da Alfândega do Porto de Santos, Cleiton Alves, foi
identificado que as bolas eram falsas. “A Alfândega se deparou com a baldeação
de um contêiner que estava vindo da China e ia para o Nordeste do Brasil. Nessa
análise, foram encontradas 3.800 bolas que imitam a 'Brazuca' além de 7.000
brinquedos sem a etiqueta do Inmetro, então essas mercadorias serão apreendidas”,
explica o inspetor.
A
Receita Federal estima que a mercadoria apreendida esteja avaliada em torno de
R$ 140 mil. Todo o material apreendido será destruído. “O produto não será
doado, porque a bola é feita de látex, e o látex, para ficar macio, é misturado
com um produto que é cancerígeno. Se uma criança coloca essa bola na boca, ela
pode vir a ter câncer no futuro. Por segurança, serão todas destruídas”, diz
Cleiton.
Vídeo TV Tribuna
No
ano passado, a Receita Federal apreendeu 200.000 bolas 'Cafusas', da Copa das
Confederações. Com isso, o inspetor ressalta que a fiscalização está mais
intensa, devido aos jogos sediados no Brasil. “Desde o ano passado, estamos
fazendo uma fiscalização rigorosa nesses produtos esportivos, principalmente
por causa da Copa e da Olimpíada. Os fraudadores estão tentando fugir do Porto
de Santos”, finaliza o inspetor.
Carregamentos
com bolas, camisas, agasalhos e brinquedos estão passando por um pente fino da
Receita Federal. O órgão recebeu reforço de 20 servidores no ano passado, e
mais 18, no início deste ano. Parte deste efetivo atuará na fiscalização de
produtos importados para evitar falsificações.
Desde
setembro, todos os contêineres de importação que desembarcam em Santos devem
ser vistoriados por scanners. Esta inspeção identifica irregularidades que são,
então, confirmadas em uma vistoria física. Cargas vindas de portos chineses são
as que mais chamam a atenção dos fiscais.
O
contêiner com as brazucas falsas passou por esse processo. “elas (as cópias) estavam
declaradas como bolas e foram passadas no scanner. Mas a falsidade só foi
verificada quando foi aberto o contêiner. Confirmaram-se as bolas e alguma
coisa a mais no scanner, mas isso foi comprovado na vistoria física”.
Cleiton
explicou que o importador da carga será responsabilizado pela fraude. Além
disso, a empresa detentora da marca que foi falsificada pode solicitar a apreensão
judicial dos produtos e a instauração de um processo penal.
Uma
das bolas apreendidas fará parte do acervo do Museu de Produtos Contrafeitos,
mantido pela aduana. Ela funciona no prédio da Alfândega de santos, no Centro,
e é aberta ao público. O restante das mercadorias será destruído por ser feito
com materiais de origem desconhecida. O fitalato, composto usado na fabricação
das bolas, por exemplo, pode causar câncer.
Fonte:
G1 / Jornal A Tribuna – Edição Segurança Portuária Em Foco
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