No
meio portuário e até dentro da Codesp muitos ainda estão incrédulos e buscam
explicações para a destituição do engenheiro Renato Barco do cargo de
presidente da empresa. Segundo o ministro da Secretaria de Portos, Antonio
Henrique Silveira, a substituição foi motivada pela necessidade de mudança,
alteração de rotina, novos projetos, desafios e pelo término de um ciclo
vitorioso.
Barco
era o único membro da atual diretoria da empresa nomeado pela presidente Dilma
Rousseff, enquanto os demais integrantes são oriundos, ainda, da primeira
gestão do ex-presidente Lula, um fato inédito e curioso em termos de
longevidade administrativa na estatal.
No
bojo da troca de comando do cargo majoritário, uma complexa reestruturação
organizacional se torna imperiosa para o bem da Codesp e resgate do orgulho de
seus verdadeiros empregados. Mais que oportuna, a substituição de toda a
diretoria da estatal será útil e benéfica para que os crassos erros cometidos
no passado, alguns deliberados inclusive, não se repitam. Os mesmos erros que
levaram os três últimos presidentes da Autoridade Portuária de Santos – Di
Bella, Serra e o próprio Barco – a se tornarem reféns dos demais diretores,
cada qual com autonomia político partidária para dirigir sua própria Codesp.
A
mesma suposta "autonomia", que há anos vem levando um dos mandatários
a amedrontar quem ousar desafiá-lo. Com um leque de "padrinhos" o
executivo jamais caminhou com as próprias pernas e faz questão de alardear aos
quatro cantos da companhia que é “homem de confiança de Berzoini, Pedro Brito,
Márcio França, ou do ex-presidente do PT, em São Paulo, Edinho Silva, e, diante
da proximidade da Copa do Mundo da Fifa, de Joseph Blatter". Ou seja, sem
a menor vergonha prefere destacar que jamais andou ou andará com as próprias
pernas, o que atesta sua incapacidade profissional e consequente
incompatibilidade com o cargo que ocupa.
Com
uma gestão pautada pela desarmonia no âmbito geral, as discórdias e
divergências se tornaram uma constante e corriqueiras nas reuniões da Direx.
Desarticulada e com interesses supérfluos, além de setoriais e até mesmo
individuais, a direção da Codesp sempre esteve longe de ser coesa e objetiva
para atender as demandas da estatal e do Porto de Santos.
Considerando
que a Codesp é uma empresa similar a Petrobras, cujas diferenças residem apenas
nos valores movimentados, temos conhecimento de que uma denúncia bomba está
prestes a explodir na Autoridade Portuária de Santos, podendo causar um estrago
gigantesco caso não seja desarmada a tempo. E aí, se isso acontecer haja vaga
na Papuda.
Na Codesp pode tudo
Entre
as diversas "lendas" que assombram e preocupam muita gente na
companhia, uma delas ressalta que a Docas paulista teria comprado material para
a faraônica obra da Avenida Perimetral, cuja entrega teria sido na sede da
empresa ganhadora da licitação, e não nos locais onde as obras estavam sendo
realizadas. Pode isso? Na Codesp pode.
Como
se vê, os problemas e as irregularidades são comuns entre as duas estatais, nas
quais as obras invariavelmente são superfaturadas, além das habituais compras
de equipamentos sem qualquer procedimento licitatório, ou, quando acontecem, à
exemplo das cartas convites, apontam como vencedoras sempre as mesmas empresas.
Pode uma coisa dessas? Na Codesp pode, e como!
Há
também quem diga que até a sobrinha de um diretor é quem negocia e intermedia
interesses dentro da Codesp. Pode isso? Na Codesp também pode. São muitas as
histórias que correm pelos corredores da administradora do maior porto do
Brasil e da América Latina.
Gafanhotos, sempre eles
Oportuno
salientar a estranha permanência na empresa dos assessores que vieram com o
presidente Di Bella, hoje diretor de Relações Institucionais da Rumo Logística.
Trazidos para a Codesp como homens de confiança deveriam estar todos, sem
exceção, devidamente empregados na empresa açucareira atuando sob as ordens do
"padrinho".
Não
há como esquecer as hilárias histórias extraídas do "competentíssimo"
departamento jurídico da estatal, quase que 100% indicado e mantido pelo PSB, mesmo após o
partido ter sido alijado das composições políticas que ditam as regras na
Codesp e no Governo. Desde a chegada do novo diretor de Planejamento, Luís
Cláudio Montenegro, comenta-se que a equipe passa o dia trocando memórias dos
computadores e fazendo uso da fragmentadora, mais conhecida como máquina de
picar papel. Haja serpentina, gafanhotos, passivo trabalhista.
Tem
também o famoso inseto do Almoxarifado que só chega depois das 9h30 e ganha pra
não fazer nada. Esse, pelo menos, é discreto e prefere o anonimato trancafiado
em seu cafofo, saindo de lá várias vezes ao dia apenas para fumar. Lembro ao
companheiro que o Ministério da Saúde adverte, "fumar faz mal à
saúde". Melhor seria trabalhar mais, e bem longe da Codesp.
Há
também a do superintendente que fala para quem quer ouvir que quem o trouxe
para a Codesp foi o Zé (o ex-presidente José Serra) e por tal se dá ao direito
de chegar ao trabalho não antes das 10h ou 11h, sem ser importunado por seus
superiores hierárquicos. Sem dúvida alguma, um gafanhoto autêntico e exemplar, e
imune a qualquer inseticida.
Para
se ter uma ideia do tamanho da mamata na Codesp, até mesmo um conferente de
carga e descarga abriu mão da profissão, reconhecidamente uma das mais bem
remuneradas nos portos brasileiros, para pousar em uma das salas bem
refrigeradas da Codesp. Para esse eu tiro o chapéu até porque amassar lama,
adubo e trigo na beira do cais é coisa para conferente de verdade.
Lá
pelas bandas da Dirop, um gerente da área financeira descendente do National
Kid há tempos vem chamando a atenção dos verdadeiros e indignados doqueiros em
razão de sua pouca assiduidade ao trabalho. À exemplo de seu semelhante
superintendente, o discípulo do herói japonês também não é interpelado por seus
superiores, sobretudo porque voa como o ídolo mascarado dos anos 60/70, sendo
muito difícil encontrá-lo no local de trabalho. Sugiro aos usuários que, diante
de qualquer problema, procurem os Incas Venusianos...
Heróis
e voos a parte, esperamos que o novo presidente não seja apenas mais um a
ocupar o cargo e ter um bom salário. Ansiosamente, torcemos para que o
mandatário promova uma verdadeira limpa na empresa, devolvendo aos seus
respectivos "padrinhos" onde quer que estejam todos os assessores,
assessoras, gerentes, superintendentes, ou seja, apadrinhados e gafanhotos em
geral. Que o faça sem medo, já que ao longo dos últimos anos eles não
contribuíram em absolutamente nada com a Codesp, habitando a empresa apenas
para receber ótimos salários.
Além
disso, esperamos que o executivo tenha "bala na agulha" para acabar
com o desperdício de dinheiro na Autoridade Portuária de Santos. Que faça
realmente uma auditoria em todos os contratos e em todos os serviços
terceirizados. E que Deus o proteja porque certamente enfrentará muitos adversários,
sem falar no fogo amigo.
Aguardamos
com expectativa que a atuação de Angelino Caputo honre a sua história na
administração pública, para que não repita o que aconteceu recentemente com
quatro ex-dirigentes que foram condenados por concordarem com determinações
superiores, pareceres jurídicos da Codesp e aprovações do Consad. O engraçado
dessa história, se há alguma coisa engraçada, é que apenas os diretores foram
condenados enquanto os demais envolvidos não.
Sobre
os indefectíveis gafanhotos vale uma citação bíblica, na qual Deus mandou uma
praga com os insetos na tentativa de amolecer o coração do Faraó e convencê-lo
a libertar os escravos. A tentativa foi em vão já que nem para isso eles
serviram. Pois bem, aguardamos com ansiedade uma limpeza geral na Codesp,
rogando para que a empresa seja definitivamente passada a limpo ao contrário da
enorme quantidade de sujeira que há anos vem sendo despejada no canal do
estuário.
Chega
de tanto cabide de emprego, que só gera animosidade, intranquilidade e
insatisfação, cujos reflexos podem ser sentidos na produtividade e na qualidade
dos serviços prestados. Nós, verdadeiros portuários, não queremos ver a Codesp
que ajudamos a construir ser tratada como a Petrobras. A diretoria do Sindaport
apoia a reformulação defendendo a troca da diretoria bem como o fim do
apadrinhamento político.
Paciência tem limite
Por
fim, destacamos o gafanhoto da foto que está bastante ocupado com seu jogo
virtual de paciência. Mesmo ligado à Gerência de Patrimônio da Codesp, o
paciente inseto vem atuando sob flagrante desvio de função na área de TI da
estatal, se autointitulando responsável pelo confuso e pouco eficiente sistema
E.R.P/SAP. É, sem sobra de dúvidas, o maior exemplo do quanto são
"imprescindíveis" para o progresso e desenvolvimento da Autoridade
Portuária de Santos, a mais importante do País.
Além
de vexatória e comprometedora, a foto também sintetiza o sentimento de
indignação dos dirigentes do Sindaport e dos legítimos empregados da Companhia
Docas do Estado de São Paulo, cada vez mais cansados de carregar os falsos
empregados nas costas! Paciência tem limite e a nossa acabou.
Fonte:
Sindaport
Vexatório são os salários dos"Sindicalistas", que foram reajustados com um índice que deveria ser aplicado no salario dos trabalhadores, mas não, como explicar um sindicalista que tinha um bruto em Julho de 2013 R$ 8 mil reais em Agosto de 2013 passou para R$ 20 mil reais, isso que é vexatório Sr, Cirino.
ResponderExcluirInfelizmente sempre houve o apadrinhamento de parentes e puxa sacos de plantão, mas de um tempo pra cá , tem se tornado um absurdo grande demais, pois não há critérios na nomeação, simplesmente colocam um aspone(auxiliar de porra nenhuma), sem qualificação para a função, onde esse sangue suga safado vai somente colocar nas costas dos verdadeiros funcionários concursados que não tem o apadrinhamento, o peso de sua função, e além dos super salários, são esnobes, arrogantes e debochados, confiantes numa política doente , incompetente e corrupta e em leis que previlegiam a impunidade, os nossos políticos de hoje não estão comprometidos com o bem comum da nação, mas sim com o próprio bolso e com a corja que os seguem, em contrapartida o setor privado é uma fera indomável, que fita somente o lucro a qualquer preço, e para isso contam com profissionais de ponta, e com quadro de funcionários extremamente enxuto, mas o principal, não exitam em corromper para obter o que necessitam, pois da forma correta que a lei exige, seria inviável muitos empreendimentos, não querem um país de cidadãos, mas sim de escravos inertes, que somente usam seu voto para abonar mandatos de políticos demagogos, que se tivéssemos leis articuladas e eficientes, era pra esses inúteis estarem na cadeia, mas vivemos em uma grande mentira e vergonha chamada Brasil, onde a coação política, financeira e social e para quase todos, onde uma minoria articula e se beneficia com a venda irrisória das riquezas do nosso país, se duvida da escravidão democrática que o assalariado está vivendo, preste atenção nos nossos impostos, nos nossos direitos, educação, saúde, segurança, no nosso judiciário manco, onde vamos parar não sei? Só sei que do jeito que está não pode continuar, mas o que fazer com um povo que gosta de chicote. Célio Becker
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