O
Sindicato dos Trabalhadores da Administração, Capatazia, Empresas Operadoras
Portuárias e Administrativos em Ogmo nos Portos e Retroportos Públicos e
Privados de Itajaí, Laguna e Navegantes – SINTAC, na busca incessante da
garantia dos direitos trabalhistas dos seus representados e na forma de
melhorar a qualidade de vida dos Guardas Portuários do Porto de Itajaí, através
de mediação do Ministério Público Federal do Trabalho (MPT) buscou tratativas
com a Superintendência do Porto, de modo a organizar/legalizar a escala de
trabalho dos servidores públicos do porto de Itajaí.
Modelo
01: escala aplicada em 17 de dezembro de 2009
A
intenção era adequar à escala vigente, de contagem 5x1 5x1 5x1 5x2, sendo 02
dias de folga ao termino do turno da madrugada, anterior ao da noite. Vale
ressaltar que a jornada de trabalho é de 6 horas diárias.
Após
pesquisa constatou-se que esta estava em desacordo com a portaria 417/66/MTPS.
Nesta
escala o trabalhador tinha 02 folgas de final de semana (sábado e domingo
juntos) por ano, e entre domingos de folga avulsos aguardava até 65 dias sem o
descanso dominical, que tem caráter social previsto na CLT.
A
portaria prevê que o trabalhador descanse um domingo a cada 49 dias (07
semanas), ou menos. Na escala em prática, o que se tinha eram domingos de folga
avulsos a cada 55-65 dias, em desacordo a portaria.
Buscou-se
o aprofundamento na questão de escala rodiziaria, onde não se encontrou nada
diferente dos modelos já aplicados, porém sem rodízio de horários, sendo elas
6x2, 5x1 ou 4x4. Esta ultima, implantada no porto de Itapoá.
Foi
aberto então o diálogo e o espaço para o trabalhador participar e apresentar
uma escala. Inúmeras foram apresentadas.
Neste
tempo, a Superintendência do Porto de Itajaí contratou uma empresa
especializada, que apresentou um modelo de escala com vícios insanáveis e
impraticáveis dentro da administração pública.
Modelo
02: escala apresentada pela Superintendência
Alguns
vícios, como por exemplo, diferença de tratamento entre servidores públicos
(alguns teriam 03 dias de folgas consecutivas, e outros não). Também ocorria o
fato de diminuir uma equipe de trabalho, o que somava, em alguns dias de troca
de turno, o desrespeito a Súmula 110, que prevê na troca de turno, somar o
período de descanso de 24 horas consecutivas, ao período previsto de troca de
turno de 11 horas. Ou seja, para troca de turno, o trabalhador deve, no mínimo,
ter um descanso de 35 horas. Nesta escala o trabalhador permaneceria somente
com 12 horas de descanso para troca de turno. Mais uma afronta às normas legais
vigentes.
Recebemos
então de um servidor alheio a Guarda Portuária, a proposta da escala abaixo,
onde em cada final de semana uma equipe estará de folga, permitindo a cada
trabalhador 11 finais de semana de folga por ano, sem descumprir as Leis e Portarias
que regulam a situação.
Modelo
03: Proposta apresentado por servidor da Autarquia
Levado
ao conhecimento da Superintendência do Porto e dos trabalhadores foi avaliado
que esta seria a melhor situação de alteração de escala a ser implantada. Além
de se adequar a Portaria 417/66/MTPS, tratava igualitariamente os servidores.
Aprovado
por unanimidade em assembleia, a posição dos trabalhadores foi encaminhada a
Superintendência do Porto de Itajaí e MPT, que aceitou colocar em prática a
nova escala de trabalho da Guarda Portuária do Porto de Itajaí, sendo
homologada a implantação da nova escala junto ao MPT.
Atualmente
a escala rodiziaria do Porto de Itajaí é de 5x1 5x1 5x1 5x1 4x2 4x1, onde as
duas folgas consecutivas ocorrem sempre aos finais de semana.
O
SINTAC está lisonjeado com participação do trabalhador e a implementação da
nova escala de trabalho que trouxe para a prática, os ditames da Lei e de
convivência social e de proteção da família.
No
dia 1º de março de 2014, já se observa a diferença entre os Servidores da
autarquia e sua relação com o trabalho.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Os comentários publicados não representam a opinião do Portal Segurança Portuária Em Foco. A responsabilidade é do autor da mensagem. Não serão aceitos comentários anônimos. Caso não tenha conta no Google, entre como anônimo mas se identique no final do seu comentário e insira o seu e-mail.