O
Ministério da Justiça lançou nesta quinta-feira (24) uma nova atualização do
aplicativo “Sinesp Cidadão” – programa do Sistema Nacional de Segurança
Pública.
Para
ampliar o uso de dados do Sinesp, o Ministério expandiu a consulta para outros
campos. Foi desenvolvido um aplicativo para a leitura dos mandados de prisão do
CNJ (Conselho Nacional de justiça). O Conselho já possuia uma ferramenta de
pesquisa pela internet.
A
nova ferramenta, chamada “Mandado de Prisão”, é gratuito. O aplicativo está
disponível para plataforma Android e estará para o IOS em dez dias. De acordo
com Ministério da Justiça, a ferramenta deve ser disponibilizada também para as
plataformas Windows Phone e Blackberry. O instrumento permite acesso a um
cadastro nacional onde constam 352 mil mandados de prisão que ainda precisam
ser cumpridos. A consulta também pode ser feita no site do Sinesp.
Segundo
explicou o ministério, quem baixar o aplicativo poderá saber se uma pessoa é
procurada pela polícia ao digitar o nome dela ou o número de algum documento
que a identifique, como RG, CPF ou título de eleitor. Em caso de nomes iguais,
o interessado em fazer a busca deverá digitar informações como órgão expedidor
do documento ou número do processo referente àquela pessoa. O aplicativo não
mostra foto do procurado.
Na
avaliação do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, o aplicativo é uma
forma de a sociedade “colaborar” com a segurança pública. “Se por um lado
precisamos ter informação para programar as ações policiais, de outro lado, a
interação da sociedade num país como o nosso é de grande importância para que
tenhamos sucesso nas nossas políticas”, disse o ministro.
Segundo
a secretária nacional de Segurança Pública, Regina Miki, “é complicado” saber
se alguém é procurado pela polícia se a pessoa não tiver mais informações além
do nome. Ela afirmou que caso haja nomes iguais, o aplicativo apresentará uma
lista para que a pessoa possa conferir outros dados, como nome da mãe e número
do processo criminal.
Nos
casos de homônimos, poderá ser consultado a data de nascimento, nome da mãe e o
número do processo.
'Checkplaca'
O
Ministério da Justiça já havia lançado no ano passado o aplicativo
“Checkplaca”, criado para localizar veículos roubados por meio das placas.
Segundo a pasta, houve 1,2 milhão de downloads da ferramenta, que ajudou a
localizar 33 mil veículos em apenas quatro meses. “No estado de Goiás, nós
tivemos grande parte deles”, diz Miki, que enumera ações motivadas pelo app em
São Paulo, Bahia e Pernambuco.
A
última atualização aumentou a quantidade de informações exibidas e agora
incluem ano do modelo e município e unidade federativa de origem. O aplicativo
foi atualizado para flagrar clonagens e passou a permitir a conferência da
situação do veículo a partir dos cinco últimos números do chassi.
Banco Nacional de Mandados
de Prisão (BNMP)
A
regulamentação do Banco atende à Lei 12.403/2011, que altera o Código do
Processo Penal. Segundo a nova legislação, cabe ao CNJ a criação e a manutenção
do sistema, cujas informações estarão disponíveis na internet para o público em
geral.
“O
BNMP será disponibilizado na rede mundial de computadores, assegurado o direito
de acesso às informações a toda e qualquer pessoa, independentemente de prévio cadastramento
ou demonstração de interesse, sendo de responsabilidade do Conselho Nacional de
Justiça a sua manutenção e disponibilização”, de acordo com o artigo 2º da
Resolução.
Os
mandados de prisão expedidos nos Tribunais são encaminhados para o Banco Nacional
de Mandados de Prisão residente no CNJ. No site é possível consultar informando
o número do processo criminal, o número do expediente (Mandado de Prisão), o nome
da parte procurada (parte demandada no feito), emitir e validar certidões,
expedir e imprimir comprovante de envio.
Portal sobre Segurança Pública
O
Portal do Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública, Prisionais e
sobre Drogas (Sinesp) foi criado para disponibilizar dados unificados sobre
segurança de municípios e estados.
No
site, é possível consultar dados estatísticos sobre homicídios, furtos e outros
crimes. Dá, por exemplo, para obter um mapa que mostra em quais estados a taxa
de ocorrência de homicídios dolosos é maior ou menor.
Em
uma etapa futura, o portal contará com uma seção restrita aos profissionais de
segurança pública, o que deve ajudar na troca de informações mais críticas
entre as polícias de vários estados. Mas, de modo geral, a ideia é oferecer
dados transparentes sobre segurança no Brasil para qualquer pessoa interessada.
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