AviPa Dourado
Até
o final deste ano, a Marinha do Brasil iniciará a inédita implantação de um
grupamento de patrulha naval (GPN) em Santos. A medida foi anunciada pelo
capitão-de-mar-e-guerra Ricardo Fernandes Gomes, comandante da Capitania dos
Portos de São Paulo (CPSP).
A nova unidade
militar será a primeira do tipo a atender de maneira exclusiva o Litoral de São
Paulo. Pontualmente, vai garantir a segurança do Porto e das plataformas de
petróleo da Bacia de Santos, pontos estratégicos para o Brasil.
A
instalação do órgão será feita em etapas. Mas desde o início, dará uma maior
autonomia para o 8º Distrito Naval, região administrativa da Marinha que
engloba o Estado (inclusive o cais santista) e parte de Minas Gerais.
NPO Viana do castelo
Nesta
primeira fase, que irá durar até dois anos, o GPN receberá ao menos duas
embarcações. Terá um aviso de patrulha (AviPa), que é uma embarcação pequena
com pouco ou nenhum armamento), e um navio patrulha (NPO), também uma unidade
pequena, mas maior do que o aviso, e com raio de ação limitado, permanecendo
próxima da costa.
Os
vasos de guerra serão transferidos do Rio de Janeiro (1º Distrito Naval) – de
onde São Paulo tinha que solicitá-los, individualmente ou em conjunto, sempre
que necessário para realizar operações.
A
implantação do grupamento no Porto integra os planos da Marinha de
descentralizar sua esquadra. “A Marinha já estava estudando o remanejamento de
embarcações para fora do Rio. São Paulo está entre os destinos”, explica o
capitão-de-mar-e-guerra Ricardo Fernandes Gomes.
O
reposicionamento estratégico da esquadra, até então concentrada na capital
fluminense, reflete a nova realidade do País, com interesses em vários pontos
de sua costa. A intenção é atender à demanda crescente de ações de defesa em
regiões estratégicas – caso do cais santista, cujo crescimento deverá ser
exponencial na próxima década, e das plataformas da Bacia de Santos, que
estavam sob a responsabilidade do 1º Distrito Naval. Após essa nova
distribuição de forças, o Rio centralizará esforços apenas na área do próprio
estado.
Atualmente,
no Litoral de São Paulo, apenas os botes e lanchas da Capitania dos Portos
estão à disposição da Marinha. Isso inviabiliza, por exemplo, operações
noturnas no Canal do Estuário de Santos. Também descarta ações na barra ou em
alto-mar, devido à menor autonomia dessas embarcações.
Fonte: Jornal A Tribuna
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