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sexta-feira, 14 de março de 2014

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POLÍCIA CIVIL REATIVA GOE-NAÚTICO NO PORTO DE SANTOS





Como resposta às recentes ações criminosas no Porto de Santos, o comando regional da Polícia Civil anunciou a reativação do Grupamento Náutico de Operações Especiais (GOE-Náutico) do Litoral de São Paulo. Com uma nova embarcação, agentes voltarão a fazer o patrulhamento do Canal do Estuário, especialmente à noite, reforçando a segurança de todo o cais santista e evitando até mesmo a ação de piratas.
O GOE-Náutico atuará ao lado do Núcleo Especial de Polícia Marítima (Nepom), da Polícia Federal de Santos, e da Capitania dos Portos de São Paulo (CPSP), órgãos que já fazem a vigilância do complexo portuário. A expectativa é que a reativação do Grupo de Operações Táticas ajude a evitar episódios como o ocorrido na madrugada do dia 28 de fevereiro, quando uma quadrilha fortemente armada invadiu o Terminal de Contêineres (Tecon) da Santos Brasil, localizado em Vicente de Carvalho, Distrito de Guarujá, na Margem Esquerda do Porto de Santos, para explodir os caixas eletrônicos que ficavam no edifício administrativo da instalação e roubar o dinheiro dos equipamentos.  
A ação foi bem sucedida. O bando, em dois carros, entrou por terra na instalação, furou o bloqueio nos portões, chegou ao prédio e, depois, fugiu pelo mar. Em junho do ano passado, uma quadrilha armada explodiu um caixa eletrônico dentro do prédio de Operações (Dirop) da Codesp, no Paquetá, em Santos. O bando disparou contra dois guardas portuários durante a ação e conseguiram fugir em uma embarcação.
“A reativação imediata do GOE-Náutico possibilitará evitarmos os crimes no Porto. Teremos gente a todo instante no mar”, garantiu o diretor-geral do 6º Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo (Deinter), Aldo Galeano. Parado há quase 2 anos por falta de recursos, o departamento voltou à ativa há cerca de 15 dias, quando foi consertado o motor de sua única embarcação-viatura.
A novidade, entretanto, é que em até um mês, chegará ao comando da Polícia Civil uma lancha de maior porte, cedida pela Petrobras. “Sabemos que essa embarcação tem condições de fazer operações noturnas. É vital que não tenhamos impedimentos e haja investimentos em tecnologia”.
COOPERAÇÃO
Por ser uma área federal, a segurança do Porto é feita diretamente pela Polícia Federal, com o Nepom. Além de botes, o órgão possui uma lancha blindada, capaz de margear a costa. “Nosso maior problema é a cobertura. A patrulha ocorre 24 horas, mas o Estuário é muito extenso”, explicou o chefe do núcleo, o delegado Ciro Moraes.
Segundo a PF, muitos crimes são da jurisdição da Polícia Civil, mas as informações são compartilhadas entre as instituições. Um das entidades parceiras da PF e da Polícia Civil é a própria Marinha do Brasil, que apesar de não atuar diretamente na área de segurança pública, pode empregar, sempre que necessário, meios para auxiliar nos trabalhos dos outros órgãos.
“Nossa grande preocupação no Porto é a ordem do tráfego aquaviário. Crimes (como o da invasão ao Tecon) não cabem à Marinha”, explicou o capitão-de-mar-e-guerra Ricardo Fernandes Gomes, comandante da Capitania dos Portos de São Paulo. A CPSP, entretanto, deverá dispor este ano do primeiro Grupamento de Patrulha Naval na história da região.
A unidade auxiliará na segurança das plataformas petrolíferas da Bacia de Santos e também do Porto. “Mas sempre com ações coordenadas. Se a Polícia precisar de um navio de patrulha é possível”, lembrou.
A própria Autoridade Portuária – a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) – também atua na segurança do Porto, com a Guarda Portuária (GPort). Nos últimos dias, por duas vezes, lanchas com várias pessoas a bordo foram monitoradas tentando se aproximar de um terminal da Margem Direita, em Santos.
E elas só se afastaram quando perceberam a chegada de agentes da corporação. Segundo as forças policiais, um projeto da Codesp é considerado essencial para o combate à criminalidade nas águas do Porto. Trata-se da implantação do sistema de monitoramento e informações do tráfego aquaviário, o VTMIS, que poderá monitorar e saber a rota de embarcações suspeitas. Questionada, a Docas preferiu não se manifestar sobre a segurança do cais santista.

Fonte: Jornal A Tribuna
Edição: Segurança Portuária Em Foco




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