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quinta-feira, 27 de março de 2014

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OPERAÇÃO PORTO SEGURO VISTORIA CARGAS PERIGOSAS NO PORTO DE SANTOS


Equipes do Exército vieram a Santos para inspecionar as instalações de terminais do Porto de Santos


O Exército Brasileiro está realizando em todo país a operação Porto Seguro. O objetivo da ação é fiscalizar cargas especiais e perigosas, como pólvora e materiais radioativos, que entram pelo cais e que podem trazer riscos para a comunidade. A preocupação em Santos, no litoral de São Paulo, é que o porto fica próximo a bairros residenciais.

O exército está avaliando desde as instalações dos terminais, até os documentos das empresas. Outras instituições e agências foram convidadas a participar ou acompanhar os trabalhos.

Na manhã de quarta-feira (26) generais do Exército de todo o país se reuniram na sede da Codesp para traçar um perfil das operações portuárias. A operação segue até a próxima sexta- feira (28).

TERMINAIS NOTIFICADOS

Ao menos 17 terminais do Porto de Santos foram notificados pelo Exército Brasileiro, por não estarem regularizados para a movimentação de mercadorias consideradas perigosas. Mas o número pode aumentar, uma vez que a Força Armada realiza, até o final da semana, a Operação Porto Seguro, que visa identificar e coibir esses problemas.

Até sexta-feira, ao todo, 60 terminais portuários e retroportuários deverão ser visitadas por oficiais do Serviço de Fiscalização de Produtos Controlados do Exército, responsáveis pela operação. São 37 militares, divididos em oito equipes e 10 veículos (entre automóveis e embarcações). Eles têm o apoio da Marinha (através da Capitania dos Portos de São Paulo), da Aeronáutica (Brigada de Artilharia Antiaérea de Guarujá) e das polícias Federal, Civil e Militar, além da Receita Federal.

No primeiro balanço da Operação Porto Seguro, divulgado na última, durante encontro com o presidente da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), Renato Barco, além de oficiais do Exército, pelo menos 21 instalações já tinha sido visitadas. Destas, 17 apresentaram irregularidades (e foram notificadas). E desse subtotal, nove já estão em processo de regularização. Apenas quatro estavam com a documentação atualizada e foram consideradas aptas a receber as mercadorias restritas.

SEGURANÇA

General de divisão João Camilo Pires de Campos (centro) e Renato Barco, presidente da Codesp


“O objetivo é aumentar a segurança portuária. A operação é técnica e desencadeada pela primeira vez no Porto de Santos”, explicou o comandante da 2ª Região Militar do Exército (São Paulo), general de divisão João Camilo Pires de Campos, que coordena a Operação Porto Seguro. Segundo ele, é de responsabilidade do Exército fiscalizar e controlar a movimentação de 385 produtos explosivos (inclusive adubos e seus insumos, utilizados na sua fabricação).

Ainda de acordo com o general de divisão, uma das intenções da operação é fazer com que os terminais atualizem sua documentação sempre que houver alguma alteração no cais e arredores. “Na Ponta da Praia de Santos, por exemplo, um prédio residencial novo, erguido próximo a uma instalação visitada, não constava na documentação”, explicou.

Modificações estruturais – sejam elas dentro do Porto ou próximo a ele – influenciam diretamente na avaliação do Exército para autorizar a movimentação de explosivos. O comandante lembra que muitos terminais, que tiveram a área alterada por causa da construção das avenidas perimetrais (em Santos e Guarujá), ainda não atualizaram sua documentação e vão precisar se adequar nos próximos meses.

GRANDES EVENTOS

A operação do Exército Brasileiro também tem como objetivo adequar às normas de segurança os terminais que trabalham com produtos perigosos até a chegada da Copa do Mundo. “A nossa fiscalização acontece desde 1937 e é rotineira. Desta vez, intensificamos esforços para identificar os terminais irregulares”, lembrou o general.

Na última semana de fevereiro, a Marinha do Brasil, em parceira com as demais forças armadas e outras autoridades, realizou uma ação preparatória para a chegada da Copa do Mundo e das Olimpíadas ao País. A operação durou uma semana.


Fonte: G1 / Jornal A Tribuna




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