O
Exército Brasileiro está realizando em todo país a operação Porto Seguro. O
objetivo da ação é fiscalizar cargas especiais e perigosas, como pólvora e
materiais radioativos, que entram pelo cais e que podem trazer riscos para a
comunidade. A preocupação em Santos, no litoral de São Paulo, é que o porto
fica próximo a bairros residenciais.
O
exército está avaliando desde as instalações dos terminais, até os documentos
das empresas. Outras instituições e agências foram convidadas a participar ou
acompanhar os trabalhos.
Na
manhã de quarta-feira (26) generais do Exército de todo o país se reuniram na
sede da Codesp para traçar um perfil das operações portuárias. A operação segue
até a próxima sexta- feira (28).
TERMINAIS NOTIFICADOS
Ao
menos 17 terminais do Porto de Santos foram notificados pelo Exército
Brasileiro, por não estarem regularizados para a movimentação de mercadorias
consideradas perigosas. Mas o número pode aumentar, uma vez que a Força Armada
realiza, até o final da semana, a Operação Porto Seguro, que visa identificar e
coibir esses problemas.
Até
sexta-feira, ao todo, 60 terminais portuários e retroportuários deverão ser
visitadas por oficiais do Serviço de Fiscalização de Produtos Controlados do
Exército, responsáveis pela operação. São 37 militares, divididos em oito
equipes e 10 veículos (entre automóveis e embarcações). Eles têm o apoio da
Marinha (através da Capitania dos Portos de São Paulo), da Aeronáutica (Brigada
de Artilharia Antiaérea de Guarujá) e das polícias Federal, Civil e Militar,
além da Receita Federal.
No
primeiro balanço da Operação Porto Seguro, divulgado na última, durante
encontro com o presidente da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp),
Renato Barco, além de oficiais do Exército, pelo menos 21 instalações já tinha
sido visitadas. Destas, 17 apresentaram irregularidades (e foram notificadas).
E desse subtotal, nove já estão em processo de regularização. Apenas quatro
estavam com a documentação atualizada e foram consideradas aptas a receber as
mercadorias restritas.
SEGURANÇA
General
de divisão João Camilo Pires de Campos (centro) e Renato Barco, presidente da Codesp
“O
objetivo é aumentar a segurança portuária. A operação é técnica e desencadeada
pela primeira vez no Porto de Santos”, explicou o comandante da 2ª Região
Militar do Exército (São Paulo), general de divisão João Camilo Pires de
Campos, que coordena a Operação Porto Seguro. Segundo ele, é de
responsabilidade do Exército fiscalizar e controlar a movimentação de 385
produtos explosivos (inclusive adubos e seus insumos, utilizados na sua
fabricação).
Ainda
de acordo com o general de divisão, uma das intenções da operação é fazer com
que os terminais atualizem sua documentação sempre que houver alguma alteração
no cais e arredores. “Na Ponta da Praia de Santos, por exemplo, um prédio
residencial novo, erguido próximo a uma instalação visitada, não constava na
documentação”, explicou.
Modificações
estruturais – sejam elas dentro do Porto ou próximo a ele – influenciam
diretamente na avaliação do Exército para autorizar a movimentação de
explosivos. O comandante lembra que muitos terminais, que tiveram a área
alterada por causa da construção das avenidas perimetrais (em Santos e
Guarujá), ainda não atualizaram sua documentação e vão precisar se adequar nos
próximos meses.
GRANDES EVENTOS
A
operação do Exército Brasileiro também tem como objetivo adequar às normas de
segurança os terminais que trabalham com produtos perigosos até a chegada da
Copa do Mundo. “A nossa fiscalização acontece desde 1937 e é rotineira. Desta
vez, intensificamos esforços para identificar os terminais irregulares”,
lembrou o general.
Na
última semana de fevereiro, a Marinha do Brasil, em parceira com as demais forças
armadas e outras autoridades, realizou uma ação preparatória para a chegada da
Copa do Mundo e das Olimpíadas ao País. A operação durou uma semana.
Fonte:
G1 / Jornal A Tribuna
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