Tendo
como objetivo pressionar a direção da Companhia Docas do Pará - CDP para que
realize o curso de formação dos candidatos aprovados para o cargo de Guarda
Portuário, atrasado há um ano, a Associação dos Concursados do Pará realizou,
na manhã do dia 10 de março, uma nova manifestação de protesto em frente a sede
da CDP, na Avenida Presidente Vargas, em Belém.
Durante
o protesto, os concursados pediram para ser recebido pelo presidente, José
Ponciano Silva, mas foram informados por uma funcionária do setor de
Comunicação que, para falar com o presidente os concursados teriam que enviar,
para ela, e-mail e aguardar resposta. Mas adiantou que poderia demorar, pois
Ponciano vai pouco à CDP.
Antigos
servidores do órgão denunciaram aos concursados diversas irregularidades na
CDP, rotulando a Companhia como cabide de emprego, lotando de militantes
petistas, os quais ocupam cargos comissionados e funções terceirizadas. Um
guarda portuário estaria trabalhando, mesmo tendo sido exonerado do cargo.
Informações
obtidas, através de funcionários da Guarda Municipal de Belém - órgão onde
seria realizado o curso de formação - a Prefeitura não assinaria o contrato de
prestação de serviço enquanto a CDP não quitasse débito milionário com a
Secretaria Municipal de Finanças, a SEFIN.
Indignados,
os concursados decidiram protocolar, no dia 11 de março, às 10 horas da manhã,
denuncia contra a direção da CDP, no Ministério Público Federal (MPT) e no
Ministério Público Estadual, com pedido de averiguação dos motivos pelos quais
o curso de formação não está sendo realizado.
Concursados insistem em
lutar por convocação
No
dia 12, foi realizado mais um ato de protesto em frente ao prédio do órgão, na
Avenida Presidente Vargas, em Belém, para exigir a realização do curso de
formação, 6ª e última etapa do concurso.
O
curso, que sem nenhuma justificativa convincente por parte da CDP, tem a data
de realização constantemente mudada, deveria ter sido realizado em abril de
2013.
Desta
vez, o início do curso estava marcado para ocorrer no dia 10, porém a direção
da Companhia, mais uma vez cancelou, sem justificar o motivo. Os candidatos
esperam pela nomeação desde agosto do ano passado.
Durante
a manifestação, os concursados tentaram falar com o presidente da CDP, José
Ponciano da Silva, mas o mesmo se recusou a receber os concursados, deixando a
todos novamente vez sem resposta. Nem mesmo a imprensa, presente no local foi
recebida.
Não
é de hoje que Ponciano protagoniza cenas de autoritarismo e intransigência. Em
agosto de 2013, guardas portuários da CDP enviaram ofício à Casa Civil da
Presidência da República, exigindo sua demissão por abuso de poder e
perseguição.
Mesmo
assim, o Presidente mantém a mesma postura desrespeitosa em relação aos
concursados.
Ilegalidade
A
CDP, contrariando toda a legislação vigente, dos pareceres jurídicos, da
determinação do Tribunal de Contas da União (TCU) e inclusive da recomentação
do DEST, enviado a todas as Companhias Docas, de que terceirizar não é ato de
boa fé, mantém um contrato com um custo aproximado de R$ 600.000,00 reais
mensais, para a prestação de serviço de vigilância.
Cerca
de 220 vigilantes atuam na área do porto organizado, área de atuação exclusiva
da Guarda Portuária, conforme determina a Portaria 121 da SEP, enquanto o
efetivo próprio é de 100 guardas.
O
Termo de Ajuste de conduta – TAC/06, aditado em 2008, firmado entre a CDP e o
Ministério do Trabalho e Emprego – TEM, também determina que a CDP se abstenha
de mão de obra contratada.
Mesmo
da necessidade urgente da contratação a CDP empurra o problema alegando falta
de empresa para efetuar o curso de formação, enquanto na Companhia Docas do Estado
de São Paulo (CODESP), os guardas foram formados pelos próprios funcionários da
empresa.
Enquanto
os concursados lutam com as armas que dispõem, o sindicato representativo da
categoria permanece calado.
Fonte
de Informação: ASCONPA
Edição:
Segurança Portuária Em Foco
NÃO ADIANTA SER CONTRA A TERCEIRIZAÇÃO E NÃO FAZER NADA NA PRÁTICA CONTRA ELA.
ResponderExcluirCILENO BORGES