Os
trabalhadores portuários associados aos sindicatos filiados à Federação Nacional
dos Portuários (FNP) vão paralisar as atividades por seis horas na próxima
sexta-feira (24) das 7h às 13h – e na quinta-feira (30) por 24 horas a partir
das 7 horas.
Em
reunião na sede da FNP, em Brasília, na segunda-feira (20), líderes sindicais
de todo o país confirmaram a adesão ao movimento, aprovada em assembleias
regionais da categoria.
Os
trabalhadores reivindicam a implantação do plano de cargos carreira e salários
(PCCS), uma solução para o Portus, previdência complementar da categoria e a
regulamentação das atividades da Guarda Portuária, sem terceirização.
A
normatização da Guarda Portuária a cargo da Secretaria de Portos (SEP) é motivo
de questionamentos por parte dos trabalhadores que reivindicam mais
participação na criação do regramento para a atividade. Em novembro de 2013, a
Secretaria apresentou proposta aos trabalhadores que permite a contratação de
segurança privada para a vigilância dos portos.
Para
os trabalhadores, a possibilidade da terceirização da atividade representa um
risco à segurança portuária. “O nosso desafio é combater a terceirização”,
disse o presidente da FNP, Eduardo Guterra, que defende a implementação de
proposta de normatização, encaminhada pelos portuários à Secretaria de Portos
(SEP), em agosto último, que impede a terceirização.
O
Portus, previdência complementar dos portuários, é outro tema que exige solução
imediata. O fundo enfrenta dificuldades para pagar os benefícios de seus
assistidos devido à inadimplência das patrocinadoras (as companhias Docas) e da
União, como sucessora da extinta Portobrás.
Os
trabalhadores pedem que o governo federal apresente os resultados do estudo
elaborado por grupo interministerial, liderado pelo Ministério da Previdência
Social, para auditar a dívida do Portus.
Segundo informações da Superintendência Nacional de Previdência
Complementar (Previc), o estudo foi concluído e agora depende de decisão da
Casa Civil. A intervenção, decretada pela Previc em agosto de 2011, já foi
renovada seis vezes e vence no próximo dia 31 de janeiro. Nenhuma solução foi
apresentada pelo governo federal até o momento.
Levantamento
da Federação Nacional dos Portuários (FNP) indica que hoje o Portus atende 11
mil ativos e pensionistas, ao considerar os dependentes são mais de 30 mil
pessoas que podem ser afetadas pela falta de recursos do plano.
Outro
motivo de insatisfação é a falta de plano de cargos carreira e salários (PCCS)
que impõe perdas econômicas aos trabalhadores das companhias Docas.
A
FNP também tomará medidas para cobrar do governo federal a regulamentação das
questões sociais prevista na Lei 12.815/2013 como a renda mínima para o
trabalhador portuário avulso.
FONTE:
FNP
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Os comentários publicados não representam a opinião do Portal Segurança Portuária Em Foco. A responsabilidade é do autor da mensagem. Não serão aceitos comentários anônimos. Caso não tenha conta no Google, entre como anônimo mas se identique no final do seu comentário e insira o seu e-mail.