Adolescentes usam
píer abandonado como trampolim na Ponta da Praia.
Prática perigosa
ganhou notoriedade em rede social, quando munícipes passaram a alertar sobre o
perigo que os jovens correm ao saltar da estrutura, que é rodeada por pedras.
Em
situação de abandono, um dos píeres na Ponta da Praia, em Santos, serve de
trampolim para adolescentes que procuram diversão. A prática ganhou repercussão
em rede social na internet na última semana, quando munícipes passaram a
alertar sobre o perigo que os jovens correm ao saltar da estrutura, que é
rodeada por pedras.
A
antiga Ponte dos Práticos fica na altura do número 111 da Avenida Almirante
Saldanha da Gama, entre a Rua Ministro Daniel de Carvalho e o Canal 7. Uma foto
de dois adolescentes andando pelo píer abandonado gerou 41 compartilhamentos e
quase 100 comentários no Facebook.
O
atracadouro é trancado por correntes e, hoje, a estrutura se encontra sem
manutenção e com as paredes tomadas por pichações. Para invadir o local, os
jovens usam uma corda amarrada no topo do píer para escalar a lateral. É o que
conta o comerciante Salvino da Silva, que trabalha vendendo sucos em frente ao
local.
“São
adolescentes de 14 ou 15 anos que vêm aí (saltam do píer) para se divertir.
Eles já têm uma corda amarrada no topo do píer, e sobem pela lateral para
invadir, ir até a ponta e saltar no mar”, diz Da Silva.
A
prática é conhecida pela maioria dos moradores da Ponta da Praia, que são
testemunhas quase que diariamente do risco que os jovens correm. Um morador do
local, que não quis se identificar, conta que os adolescentes invadem o píer
para saltar sempre que há sol e temperaturas altas. “O que eles procuram mesmo
é fazer bagunça, se divertir e se refrescar”. Na opinião dele, a diversão não é
perigosa.
O comerciante
Luís Antônio Paula Santos mora no interior de São Paulo e quando vem a Santos,
se instala em um dos prédios próximos ao Canal 7. Ele diz que é comum ver os
adolescentes pulando do píer, sempre que resolve passear pelo calçadão da Orla
da praia.
Antônio
de Paula Santos diz que já testemunhou agentes da Guarda Portuária alertando os
jovens sobre o risco, “mas não adianta nada, ele voltam e continuam a saltar
mesmo assim”.
Codesp
O
píer que abrigava a antiga Ponte de Inspeção Naval pertence hoje à Companhia
Docas do Estado de São Paulo (Codesp). Em nota, a estatal afirma que a Guarda
Portuária procura coibir o uso inadequado das instalações, alertando para o
risco que correm os banhistas que utilizam o local como trampolim.
A
Codesp informa ainda que o atracadouro espaço será usado como sede do Centro de
Controle do sistema de monitoramento do tráfego de embarcações - VTMIS (Vessel
Traffic Management Information System). A reforma do local para esta finalidade
está em processo de licitação.
Fonte:
Fernanda Haddad / Diário do Litoral
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