Governador de Santa Catarina João Raimundo Colombo recebe a Moção das mãos do Prefeito de Laguna
Vários
empresários, os Sindicatos da Orla Portuária, o Sindicato dos Armadores da Pesca
Industrial de Santa Catarina, o Clube dos Dirigentes Logistas (CDL) e Associação
do Comércio e Indústria de Laguna (ACIL) se reuniram com o Prefeito de Laguna,
Everaldo dos Santos, onde foi elaborado uma Moção e entregue em mãos ao
Governador de Santa Catarina, o Sr. João Raimundo Colombo.
Reunião de representantes de várias entidades com o Prefeito de Laguna
No ato da entrega, o Governador tomou
ciência do que está acontecendo com o Porto de Laguna e disse que o Porto de
Laguna já tinha sido oferecido ao estado pela Presidência, assim como o Porto
de Imbituba/SC.
O
Governador afirmou que solicitará audiência em Brasília/DF com a Presidenta e com
o Ministério dos Portos para pedir a Estadualização do Porto de Laguna assim
como foi feito no Porto de Imbituba.
Sindaport é contra o envio de funcionários
Sindaport é contra o envio de funcionários
Até
hoje muita gente pergunta quais motivos levaram os governantes a transferirem
para a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) a administração de três
terminais pesqueiros públicos, em Santos, Cananéia, no litoral sul do Estado, e
Laguna, em Santa Catarina. A resposta para isso ninguém sabe ao certo.
Os
terminais são caracterizados como empresas de economia mista e a vinculação à
Codesp os coloca diretamente sob as amarras da Secretaria Especial de Portos da
Presidência da República, pasta criada em maio de 2007 com status de
ministério, entregue ao cearense Pedro Brito, atualmente diretor da Antaq.
E é
exatamente aí que tem início um dos grandes equívocos que ainda persistem no
primeiro escalão do Governo, considerando que dois anos depois, em 29 de junho
de 2009, data em que se comemora o Dia do Pescador, o então presidente Lula
sancionou a Lei nº 11.958 criando o
Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) do Brasil.
Também
ligado à Presidência da República, o órgão federal é responsável pelo fomento e
desenvolvimento de políticas voltadas ao setor pesqueiro. Nesse sentido, por
lógica ou coerência em termos de gestão, pública ou não, os três terminais
deveriam estar atrelados ao MPA e não à SEP.
"Está
tudo às avessas e a estagnação administrativa e operacional das empresas é
gritante já que o Ministério da Pesca, que deveria ser o responsável, não pode
interferir nas atribuições da Secretaria de Portos, que por sua vez responde
pelo seguimento portuário e não pesqueiro", disse o presidente do Sindaport,
Everandy Cirino dos Santos.
As
despesas com a administração dos terminais são custeadas pela Codesp, cujos
valores são repassados posteriormente pelo Governo Federal à estatal mediante
uma espécie de convênio. "Ao bancar toda essa despesa a Autoridade
Portuária de Santos está operando milagres e fazendo a multiplicação dos
peixes", afirmou Cirino. A estatal portuária acumula cerca de R$ 11
milhões em créditos junto ao Executivo, dinheiro desembolsado entre 2007 até os
dias atuais.
Na
opinião do dirigente sindical, esse montante poderia ser investido no material
humano existente das Docas paulista ou em melhorias no porto. "O que
defendemos é que a presidenta Dilma transfira definitivamente as administrações
dos terminais pesqueiros para a pasta da Pesca, de forma que o custeio não saia
dos cofres da CODESP e sim do próprio caixa daquele ministério". O
Orçamento de 2013 aprovado pelo Congresso Nacional destinou R$ 630,1 milhão ao
MPA (0,03% do total).
A
transferência de gestão das três empresas de um ministério para o outro
pouparia a Codesp não apenas no aspecto financeiro. "A imagem da
Autoridade Portuária de Santos fica seriamente desgastada com as inúmeras
denúncias de contratações de profissionais liberais, terceirizações, impasses
entre as administrações e os trabalhadores, e transtornos em geral como os que
vêm ocorrendo em Laguna, por exemplo", esclareceu o sindicalista.
Para
o presidente do Sindaport, a gestão dos terminais feita pela Codesp à distância
é inadmissível. "Somos contra a estatal continuar enviando funcionários
para realizar atos administrativos em outro estado, bem como ser arrolada em
processos, inquéritos e outros imbróglios de ordem jurídica", afirmou
Cirino, que avalia a possibilidade de encaminhar um ofício para a ministra da
Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, Ideli
Salvatti, paulista mas radicada em Santa Catarina, pedindo a inversão das
pastas e a solução do impasse.
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