O Sindicato
dos Trabalhadores na Administração Portuária (Sindaport) e os empregados que
estão inseridos na Tabela V do PECS (Mestre, Contra Mestre, Supervisores de
Manutenção, Agentes, Rondantes e Inspetores da Guarda Portuária) perderam a
paciência com a diretoria da Codesp. O descontentamento é geral e resulta da
inércia administrativa da empresa que ainda não definiu a situação dos
colaboradores.
Os
profissionais se sentem ludibriados já que aderiram ao plano, contudo não foram
contemplados com a permanência nas respectivas atividades e tampouco estão
recebendo os vencimentos apresentados na proposta da Codesp. Em alguns setores,
já viraram chacota de colegas e até mesmo de subordinados.
Apesar
das duas reuniões realizadas, na sede do Sindicato, com presidente da Codesp,
Renato Barco, e no Departamento de Coordenação e Governança das Empresas
Estatais (Dest), do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (Dest), em
Brasília, até agora a estatal portuária não restabeleceu os cargos que estão
sendo exercidos pelos empregados de forma provisória e sem o devido
enquadramento.
E já
que a empresa não demostra qualquer interesse em regularizar a questão, o
Sindaport agendou para as 9 horas da próxima terça-feira (12) uma reunião com o
advogado Eraldo Franzese. "Vamos avaliar as possibilidades jurídicas e
ajuizar a ação cabível contra a Codesp visando garantir os interesses e
direitos dos companheiros", disse o presidente do Sindaport, Everandy
Cirino dos Santos.
Além
da insatisfação dos empregados, os problemas e trapalhadas decorrentes da
implantação do PCES viraram alvo do Conselho de Administração (CONSAD). A falta
de critérios e a utilização de pesos e medidas distintas no trato com os
funcionários por parte de alguns supostos caciques da Codesp levaram o Consad aconvocar o diretor de Administração e Finanças, Alencar Costa, para prestar osesclarecimentos necessários em reunião que acontecerá na próxima sexta-feira(8).
Além
dos motivos que estão gerando um clima de terror entre os funcionários e
flagrante decepção com o comando da estatal portuária, os conselheiros querem
obter maiores informações sobre as despesas de horas extras na folha salarial e
implantação da Tabela V - Cargos Comissionados do Plano de Empregos, Carreiras
e Salários.
Membro
do Consad, o vice-presidente do Sindaport, João de Andrade Marques, promete
cobrar explicações dos responsáveis. "Esperamos que no dia da reunião os
representantes da Codesp anunciem a regularização da situação desses
companheiros, que poderá se dar ainda que provisoriamente através de um simples
ato administrativo ou resolução da presidência, até que o caso tenha um
desfecho final".
Segundo
o conselheiro, os empregados acreditaram na proposta da empresa e se sentem
traídos. "Trata-se de um assunto de extrema relevância e os funcionários
não podem pagar pelos erros e desmandos praticados pela Codesp". Andrade informa que o Sindaport já articula
uma nova manifestação em frente ao edifício da presidência da Companhia Docas
de Santos, caso o problema não seja equacionado até o dia 12, terça-feira.
A
proximidade do final do ano acentua a animosidade dos portuários afetados com a
medida. "Não podemos e não vamos esperar mais, até porque, além dos
festejos natalinos os gastos extras com as despesas características de início
do ano estão deixando o pessoal cada vez mais revoltado, lembrando que ainda
haverá o recesso na justiça do trabalho".
Fonte: Sindaport
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