Ditadura imposta por
Ponciano na CDP sofre um duro golpe.
A
Secretaria da Presidência da República, depois das denúncias efetuadas pelo Sindicato dos Portuários - Sindiporto
e Sindicato da Guarda Portuária - Sindiguapor, através da Secretaria de Controle Interno, no dia 27 de setembro
encaminhou o ofício 1009/2013/COAUD/CISET/SG-PR, informando ao Presidente da
Companhia Docas do Pará – CDP da Diligência nº 245/2013, referente
ao processo nº 00010.000380/2013-96, elaborada pela Coordenação Geral de
Auditoria, daquela Secretaria.
A
diligência tem como objetivo apurar as denúncias de irregularidade referente ao
uso indevido por parte de Carlos José Ponciano da Silva, da utilização de verbas da empresa para concessões
e pagamentos de diárias e passagens aéreas de forma abusiva e indiscriminada.
Foi
solicitado que o Presidente da CDP, apresentasse até a última sexta-feira (4),
cópia dos processos e documentação referente á concessão de passagens e diárias
utilizadas por Ponciano, discriminando os documentos relacionados
com a motivação da viagem, comprovante de participação em evento, Ata da
Reunião, Laudo de Vistoria efetuada, Autorização para Viagem – AV, Requisição
de Passagem, Solicitação de Despesas, Demonstrativo de Diárias Pagas, Relatório
de Viagem – RV e comprovação de utilização de passagem (bilhete de embarque).
Viagens
A
apuração é compreendida no período de 21 de abril de 2010 até o dia 20 de
agosto de 2013.
A Ditadura Ponciano
Desde
que assumiu a presidência da empresa em 2010, a sua administração tem sido alvo
de várias denúncias. Aumento da terceirização, desvio de função, perseguição e
assédio moral contra funcionários, improbidade administrativa, nomeações
irregulares, desrespeito a guardas portuários aprovados em concurso e a prática
de espionagem a partir da fabricação de dossiês apócrifos, heranças da época da
ditadura militar.
Terceirização e desvio de função
Apesar
das legislações portuárias e ordenamentos jurídicos vários postos da Guarda
Portuária da Companhia Docas do Pará - CDP estão terceirizados. Desde 2006, e
aditado em 2008, um Termo de Ajuste de Conduta – TAC determinou que os postos
de trabalho devem ser guarnecidos pela Guarda Portuária, no entanto a CDP
empurra o TAC com a barriga e o número de vigilantes terceirizados é o dobro do
número de guardas.
Ponciano, Diretor Presidente da Companhia Docas do Pará - CDP, não cumpre o Acórdão nº 2132/2010-TCU. No dia
25 de agosto de 2010, o Tribunal de Contas da União (TCU) publicou, baseado nas
orientações da súmula 331 do TST (via resolução n.º 23/93), o Acórdão nº
2132/2010, recomendando o fim dos contratos de mão de obra terceirizada nas
empresas estatais ligadas ao governo federal. O TCU sugeriu um prazo de cinco
anos para que as empresas substituam os servidores terceirizados em atividades
fim por profissionais contratos por meio de concurso público.
Investigações
Ministério
Público Federal (MPF) está a mais de um ano investigando as irregularidades na
gestão do Capitão de Fragata reformado da Marinha, Carlos José Ponciano da
Silva, à frente da Companhia das Docas do Pará (CDP). O procurador da República
Felício Pontes Jr. apura supostas práticas de direcionamento de licitações na
companhia, a partir de denúncias encaminhadas ao órgão pelo Sindiguapor no dia 14 de maio do ano passado. Em
seguida Felício instaurou um inquérito civil público (1.23.000.000488/2011-86)
para apurar as fraudes.
No
dia 13 de agosto de 2012, o Diário Oficial da União, publicou a Portaria Nº 294, de 6
de agosto 2012, que teve por
objeto denúncia formulada
pelo Sindiguapor indicando possíveis
irregularidades na realização do contrato nº 037/2010, da CDP, tendo como objeto serviços de iluminação externa do Terminal do
Outeiro, no valor de R$ 1.301.480,00, instaurou INQUÉRITO CIVIL PÚBLICO.
No
mesmo dia, publicou a Portaria Nº 298, de 6 de agosto 2012, que tem
por objeto denuncia
formulada pelo Sindiguapor indicando
possíveis irregularidades na realização do contrato nº 022/2010, da
CDP, tendo
como a elaboração
de estudos e
projetos complementares ao Terminal de Múltiplo Uso 2 - TMU 2, do Porto
de Vila do Conde, no valor de R$ 640.000,00, que instaurou INQUÉRITO CIVIL PÚBLICO.
Licitações são suspeitas de serem superfaturadas
O
relatório de auditoria interna n° 05/2011, da gerência de Auditoria Interna da
CDP, que analisou licitações contratos e convênios executados em departamentos
do órgão e mostrou graves indícios de superfaturamento: são orçamentos
elaborados com preços superiores à fonte de referência, propostas com preços
unitários superiores ao orçado, duplicidade de serviços e alterações de
projetos sem justificativa técnica.
Foram
analisados oito contratos de licitações na modalidade pregão eletrônico
realizadas e homologadas em 2010, envolvendo obras e serviços comuns e de
engenharia. Desses contratos, seis se originaram na gestão de Ponciano,
que assumiu o cargo em 14/04/2010. Ao final, a gerente da auditoria listou 14
recomendações para corrigir as irregularidades.
O
relatório mostra um festival de anormalidades, como planilhas orçamentárias com
mais da metade dos itens apresentados pela licitante com valores unitários bem
acima dos orçados pela CDP. Num desses itens, a elevação chegou a 1.583%: a
companhia apresentou o preço de uma braçadeira a R$ 39,78 sendo que o proposto
pela licitante foi de R$ 669,80.
Vários
itens de contratos também ficaram bem acima do preço orçado pela CDP. Um deles,
que custava R$ 4.416,26, ficou 306% acima do previsto, que era de R$ 1.086,50.
Um dos contratos analisados pela auditoria da própria CDP (03/2011, de
27/01/2011), para construção da nova ponte de acesso ao Porto de Vila do Conde,
mostra que houve significativo aumento do valor global, na ordem de 55,14%,
além de duplicidade de registro, memoriais descritivos sem assinatura e valores
de itens superiores ao de mercado. A auditoria também identificou que houve um superdimensionamento
na ordem de 392% no contrato 05/2011, de 17/01/2011, para recuperação da base
do pavimento e execução de nova pavimentação na faixa de cais frontal nos
armazéns 11 e 12 do Porto de Belém. No item 12.01 (limpeza geral e entrega da
obra), cujo metro quadrado em valores atuais é de R$ 0,96, foi cotado a R$ 4,73
pela CDP, ocasionando uma diferença de quase 400%.
Desvio de função no Portão 17 do Porto
de Belém
Os
guardas portuários substituem os empregados da CDP do Setor Operacional, no
recebimento das mercadorias. Segurança é o que os guardas deveriam estar
fazendo, mas inexiste neste que é o principal portão de acesso do Porto. Toda
legislação vigente é clara, essa não é atribuição da Guarda Portuária.
Araponagem, espionagem e dossiês,
heranças da ditadura são descobertas na CDP
Gilson
André Ferreira da Silva, Gerente de Segurança – GERSEG, da Companhia Docas do
Pará, àquele que queria acabar com a Guarda Portuária foi desmascarado pelo
Diretor de Administração e Finança – DIRAFI Olívio Antônio Palheta Gomes.
Olívio
Palheta descobriu nos arquivos do computador de Gilson André, um dossiê calunioso
contra a sua pessoa, contendo inclusive várias fotos de sua residência, do seu
veículo e de sua família. Um serviço característico de “arapongas” do tempo da
Ditadura Militar. Ele monitorava toda a vida de Olívio e produzia e-mails
caluniosos contra a sua pessoa.
Ele
solicitou ao Gerente de Tecnologia e Informação – GERTIN para que realizasse um
rastreamento nos computadores da CDP, a fim de identificar os equipamentos que
continham dossiês caluniosos contra a sua pessoa. Para a sua surpresa, o autor (proprietário
do programa/arquivo onde o documento foi criado) era o Sr. Aílton Abadessa da
Silva, Administrador do Terminal Petroquímico de Miramar - ATEMIR e estava
arquivado em uma pasta na qual o proprietário era o Sr. Gílson André. Nesta
pasta ainda foram encontrados vídeos, demonstrando que a sua residência estava
sendo monitorada.
Olívio
Paleta não teve nenhuma dúvida que a sua privacidade foi invadida pelo Gerente
de Segurança – GERSEG, Gílson André Ferreira da Silva, “Não sei se o objetivo
era caluniar e difamar para colocar outra pessoa em meu lugar indicada por
eles”, disse Olívio Paleta.
Olívio
Paleta mostrou toda a sua indignação durante a Reunião DIREX, quando disse:
“Esses tipos de pessoas precisam ser execrados da empresa. A CDP não pode tolerar
esse tipo de conduta internamente. É uma marginalidade. Na época em que o meu
nome estava sendo motivado para assumir a Presidência da CDP, Gílson André
vivia “puxando meu saco”, se prevalecendo de bom moço, bom menino, mas na
realidade é o próprio “satanás” em pessoa”.
A
Diretora de Gestão Portuária - DIRGEP Maria do Socorro Pirâmides Soares, foi
solidária a opinião de Olívio Paleta. Disse que já tinha ouvido falar a
respeito da forma, autoritária e arrogante, de gerenciar do Sr. Gílson André.
“Forma
de gerenciar e procedimento é passível de críticas. Erros podem ocorrer, mas a
esse nível não é mais erro. A situação relatada não. É impossível passar por
cima. O propósito precisa ser aprofundado”. Não acredito que seja só o Sr.
Aílton e o Sr. Gílson. É algo conectado, disse Socorro.
Olívio
Paleta e Maria do Socorro acreditam que não sejam apenas Gílson André e Aílton
Abadessa os envolvidos, falta o mandante.
De
forma inexplicável, Ponciano exonerou o Gerente de Tecnologia e Informação –
GERTIN, justo ele que foi o responsável por fazer as varreduras nos
computadores da empresa e descobrir todas as falcatruas feitas pelo Gerente de
Segurança – GERSEG, fato que levantou suspeita contra a sua pessoa.
Nomeações irregulares
A
nomeação de Gilson André Ferreira da Silva, Ex-Gerente de Segurança - GERSEG da
Guarda Portuária, para o cargo de Supervisor de Segurança Portuária do Terminal
Portuário de Outeiro, através de uma Resolução do “Grande Ditador”, Ponciano, foi uma aberração jurídica, uma verdadeira imoralidade administrativa.
André
foi exonerado em abril do ano em curso, pelos motivos expostos na Reunião da
Diretoria Executiva - DIREX de 27/03/13, em decisão unânime da Diretoria, e
responde a um Processo Administrativo Disciplinar - PAD, por violar a
privacidade e intimidade do diretor Financeiro da própria empresa.
André,
enquanto esteve no cargo de GERSEG, perseguiu INSANAMENTE aos guardas
portuários, conduta que ensejou vários empregados a responderem processos
administrativos disciplinares e Sindicâncias. Alguns foram demitidos e outros
tiveram que ser afastados por problemas psicológicos.
Candidatos aprovados em concurso são
desrespeitados
Os
candidatos aprovados para a sexta e última etapa no concurso Edital Nº.
002/2012/CDP/Guarda Portuário, após passarem por cinco etapas, no qual foram
exigidas aprovações em exames objetivos, clínicos, de aptidão física e
psicológica, além de entregas de documentos, aguardam convocação desde o dia
01/04/2013.
Os
candidatos estão sofrendo ônus financeiro, já que alguns pediram demissão de
seus antigos empregos (muitos ainda estão desempregados desde a época que
estava prevista para realização, antes do 1º adiamento do referido curso, ou
seja, desde abril) para que pudessem participar da realização do Curso de
Formação de Guarda Portuária (O curso tem previsão de 45 dias e é de dedicação
exclusiva), além do constrangimento causado pelos sucessivos adiamentos, os
candidatos tiveram que arcar com custos para aquisição de material de uniforme,
de banho e escolar exigidos pela CDP.
Viúvos da Ditadura
Até
quando as Companhias Docas terão que conviver com estes viúvos da Ditadura
Militar no Brasil. Com o término deste regime político, alguns ex-militares não
aprenderam a conviver num regime democrático de direito, cometem abuso de
poder, não sabem o que é assédio moral e nem improbidade administrativa. Quando
assumem, por indicação política, alguns postos de comando agem como se
estivessem comandando as suas tropas e praticam as mais absurdas
irregularidades.
Em
Santos, que nos tempos da ditadura tinha a sua Polícia Marítima, chegando
inclusive a ter no seu Porto um navio para manter aprisionados, presos
políticos, viveu recentemente sob o comando de um ex-militar, Celso Simonetti
Trench Júnior (foto), que impôs um comando ditatorial comparado àqueles tempos, conforme
o artigo “Nem nos tempos de Raul Soares”, publicado no Site Falasantos.
Ele
militarizou a Guarda, chamava a sua secretária de ordenança, criou uma Comissão Disciplinar na qual faltou apenas
construir uma cela para poder punir quem ousasse discutir as ordens do "Senhor Simonetti". Foi
chamado de ditador pelo presidente do Sindaport, Everandy Cirino dos Santos,
que foi acionado judicialmente por ele, no entanto, mesmo sendo advogado,
segundo ele mesmo dizia, "um ótimo advogado", perdeu a sua própria
ação. Em Santa Catarina, foi chamado de “Boçal”, por se exibir armado.
Sua
passagem à frente da Guarda Portuária também foi marcada por várias denúncias
no Ministério Público, no entanto, a sua saída só ocorreu após uma manifestação
da própria categoria que não suportava mais o assédio moral coletivo praticado.
Em
outros portos do país também existem alguns remanescentes da ditadura, no
entanto, ainda falta coragem para denunciar as irregularidades, a perseguição e
o assédio moral que vem sendo cometidos. O País mesmo tendo um governo do
partido dos trabalhadores e uma presidente que foi perseguida pela ditadura
militar mantém estes “Senhores” em várias companhias Docas, impondo os seus conhecimentos,
adquiridos naquela época.
ESSE PRESIDENTE E SEUS ARAPONGAS JÁ DEVERIAM TER SIDO EXONERADOS E DEMITIDOS, A BEM DO SERVIÇO PÚBLICO, JÁ HÁ BASTANTE TEMPO.
ResponderExcluirPELO MENOS O MINISTRO JÁ SAIU. SÓ FALTA AGORA ESSE PRESIDENTE E SEUS ARAPONGAS, CUJA GESTÃO É VERGONHOSA E REVESTIDA DE TODA SORTE DE IMPROBIDADES, SEREM LOGO EXECRADOS E DEFENESTRADOS DESSA CIA.
O POVO PARAENSE AGRADECE.
PARABÉNS A ESSA VOZ QUE NUNCA SE CALA FRENTE A ESSA IMORALIDADE E DESMANDOS QUE SE INSTALOU NA CDP, CUJOS DIAS, SE DEUS QUISER, ESTÃO CONTADOS.
CILENO BORGES