Os
caminhoneiros realizaram uma paralisação na segunda-feira (30), no Porto de
Salvador. Eles pediam aumento no valor pago pelo frete e melhorias na
infraestrutura do local.
A
Companhia das Docas do Estado da Bahia (Codeba) alegou não ter relação direta
com os caminhoneiros. Segundo a assessoria, a Codeba apenas gerencia o espaço
do porto, alugando para seus clientes.
Os
caminhoneiros continuaram parados na terça-feira (01). As carretas ficaram
enfileiradas na entrada do porto. A manifestação interferiu no tráfego na região
do Comércio e da Calçada, de acordo com a Superintendência de Trânsito e
Transporte (Transalvador). Fonte:
Caminhoneiros
voltaram a realizar o protesto na manhã de terça-feira (1º), em frente à
Companhia das Docas do Estado da Bahia (Codeba), no bairro do Comércio, em
Salvador.
"Estamos
praticamente há um ano e três meses sem reajuste de frete. Tínhamos um frete
para entrar em vigor a partir do dia primeiro de julho e até hoje não foi
reajustado. O que precisa é chamar a atenção das pessoas para se
responsabilizarem conosco e chegarem aqui para decidir a situação", afirma
Jorge Carlos, presidente do sindicato dos caminhoneiros.
A
Codeba informou que não tem responsabilidade direta sobre os caminhoneiros e os
operadores. Segundo o órgão, mesmo assim a Companhia está conversou com as duas
partes, a fim de encontrar uma solução. A Codeba afirma ainda que por conta da
paralisação das atividades dos motoristas os serviços de carga e descarga estão
parados no porto.
Caminhoneiros suspenderam a greve para
negociações com empresários
Reunião
realizada no Ministério Público da Bahia, na manhã de quarta-feira (2), deu início
ás negociações entre o Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de
Bens do Estado da Bahia (Sindicam-Ba) e o Sindicato das Empresas de Transportes
de Contêineres da Bahia.
Impedindo
o acesso de caminhões ao porto de Salvador desde a última segunda-feira, os
integrantes do Sindicam decidiram liberar a entrada para carga e descarga, que
desde então estava prejudicada. De acordo com o sindicato que defende os
caminhoneiros, a suspensão do protesto se deu após a promessa de negociação
feita pelo MP e pelas empresas.
Os
manifestantes pedem o reajuste de cerca de 20% sobre o valor da tabela de frete
de 2012. Eles alegam que o prejuízo causado pelo aumento de combustível está em
torno de 22%. A categoria também quer melhorias nas condições de trabalho, além
de reivindicarem contra a nova lei municipal de carga e descarga, que segundo
eles reduziu para aproximadamente 5 horas e meia o tempo diário de trabalho.
“A
prefeitura passou a exigir que a gente cumpra a lei de carga e descarga, mas
não deu alternativa para os caminhões passarem e isso está prejudicando o nosso
trabalho”, afirmou o caminhoneiro Aroldo José Santos Tavares, que participava
do protesto na entrada do porto. Na opinião dele, a lei só deveria valer após a
liberação da via expressa, alternativa que atenderia a classe e diminuiria o
fluxo de caminhões nas principais vias da cidade. “Essa proibição não vai
acabar com o engarrafamento de Salvador. O que deveria existir é o rodízio de
carros, igual acontece em outras cidades”, continuou.
De acordo
com o presidente o Sindicam-Ba, José Carlos da Silva, a parte do sindicato foi
feita. “Nós estamos sendo muito sensíveis cedendo ao pedido das empresas, mas
também esperamos um posicionamento rápido sobre as nossas reivindicações”,
lembrou. Segundo ele, a primeira mesa de negociação acontece hoje e deve
apresentar avanços. Ele ressaltou que caso isso não aconteça, novos protestos
vão ocorrer no porto, gerando ainda mais prejuízo às empresas.
A
manifestação em frente ao porto promoveu longas filas de caminhões na Avenida
da França, já que os profissionais que chegaram de outros estados não tinham
onde estacionar os veículos. Os veículos que traziam carga de frutas foram os
mais prejudicados com a ação.
Prejuízos
Segundo
os empresários, a estimativa é de que cada dia de atividade parada gere um
prejuízo em torno de R$ 2,5 milhões. "Quando um porto para a repercussão é
muito grande. Deixa-se de transportar cargas, matéria-prima para serviços que
precisam rodar, estocagem de produtos, a inflação é grande. Mensurei cerca de R$
2,5 milhões de perda por dia, é um número expressivo, mas que abrange todo o
ciclo que envolve prestadores de serviços, transportadores e prejuízo para os
próprios autônomos", avalia José Rubem.
Fonte:
A Tarde - G1 - Tribuna da Bahia – Edição Segurança Portuária Em Foco
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