Os
empregados da Codesp reunidos nesta quinta-feira em assembleia decidiram não
aceitar qualquer mudança de horário na jornada de trabalho. Em assembleia
realizada no SINDICATO, a diretoria do SINDAPORT expôs que não há qualquer
proposta oficial por parte da Codesp que explique os impactos financeiros por
categoria em decorrência de possíveis mudanças na jornada de trabalho.
O
presidente do SINDAPORT, Everandy Cirino dos Santos, ressaltou que a empresa
não tem uma proposta com cálculos financeiros. “Nada foi nos apresentados
oficialmente. Não temos nada no papel, nem nada tem a aprovação de Brasília”.
O
vice-presidente João de Andrade explicou durante a assembleia que o SINDICATO
denunciou ao Ministério Público do Trabalho irregularidades cometidas pela
Codesp com a implantação do Plano de Cargos e Salários, tais como o não
cumprimento das normas de segurança, além das escalas de fiscalização que não
estavam sendo praticadas, de acordo com a Lei 12.815/2013.
A
Codesp foi chamada para dar explicações, porém, em sua justificativa alegou que
iria tomar providências mediante mudanças nas jornadas de trabalho das
categorias. “O MPT chamou a Codesp e os gestores da empresa não souberam
responder aos questionamentos mais simples do SINDICATO. Como a Codesp quer
criar novas turmas, novos horários se o único prejudicado será o trabalhador?
Além disso, não há nada aprovado em Brasília, seja pelo Dest ou pela SEP. A
empresa pediu 30 dias para o MPT. O prazo já está acabando e agora a empresa
pediu mais um mês para dar as respostas”.
O
presidente do SINDICATO afirmou que a Codesp apresentou ao MPT uma minuta
solicitando mais um prazo para a implantação das medidas, sendo que no
documento consta um espaço para a assinatura do SINDICATO. “Não assinamos nada porque não tínhamos o aval
da categoria”, justificou.
“A
jornada de trabalho é prerrogativa da empresa, porém, se vai causar impacto na
vida e no bolso do trabalhador a empresa tem que apresentar uma proposta
expondo claramente todos os prós e contras”, enfatizou Everandy Cirino.
Alguns
associados da ativa e aposentados fizeram uso da palavra e lembraram mudanças
realizadas na jornada de trabalho na década de 90. Outros ressaltaram que a
Codesp está causando terror à categoria querendo impor tantas mudanças e
pediram até para o SINDICATO divulgar uma nota de repúdio a atitude da Codesp.
O
presidente do SINDICATO finalizou a assembleia lembrando que nesta quinta-feira
o ministro de Portos, Leônidas Cristino, entregou o cargo ao Governo. “Todos
sabem que mudando o ministro, a diretoria das Companhias Docas também sofreram
mudanças, por isso não vamos nos preocupar com assuntos que só servem para
desestabilizar e causar pânico na categoria”.
Além
da diretoria do SINDAPORT, também participaram da audiência os advogados do
Departamento Jurídico do SINDICATO, Eraldo Aurélio Rodrigues Franzes e Paulo
Eduardo Lyra Martins Pereir
Fonte:
AssCom Sindaport / Gisele de Oliveira
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