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domingo, 28 de julho de 2013

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PORTO DE PARANAGUÁ COMEÇA A TESTAR LACRE ELETRÔNICO



 
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) está testando o uso de lacre eletrônico em cargas de carnes para exportação no Porto de Paranaguá. O dispositivo, exclusivo para os contêineres refrigerados, promete reduzir a burocracia, agilizar a liberação das mercadorias e dar mais segurança ao produto exportado pelo terminal paranaense.

De acordo com o diretor empresarial da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Lourenço Fregonese, de janeiro a junho, o Porto de Paranaguá exportou quase 556,5 mil toneladas de carne. Essa movimentação gerou uma receita cambial de quase US$ 1,25 bilhão.

“Nossa principal carne de exportação é a carne de frango. Nesse segmento, somos o segundo porto do País. Investindo e estando abertos às iniciativas de modernização – sejam essas do governo federal ou da iniciativa privada – temos condição de atrair ainda mais cargas e clientes, com isso melhorar a economia de todo o Estado. Se o lacre eletrônico promete dar ainda mais credibilidade às operações pelo Porto de Paranaguá, apoiamos”, garante Fregonese.

Etapas

O lacre foi apresentado aos representantes das empresas do ramo, que atuam no Porto de Paranaguá, esta semana. De acordo com o superintendente do Mapa no Paraná, Daniel Gonçalves Filho, a implantação do lacre, em caráter experimental, é para já.

“O processo começa já na origem da carga, onde o contêiner é lacrado com um chip identificador. Um funcionário da empresa cadastra informações sobre a carga no Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro) e, assim, a mercadoria já chega ao Porto de Paranaguá com todo o processo burocrático realizado”, explica Daniel.

Segundo ele, o dispositivo permitirá que a carga seja rastreada. “Isso garante mais segurança, autenticidade e integridade da carga”, completa. O projeto do Mapa, em fase de teste também nos portos de Santos e Navegantes, é chamado de Canal Azul.

Empresas

Uma das empresas que exportam carne pelo Porto de Paranaguá, habilitadas para utilizar o lacre nessa primeira etapa, é a Martini Meat. Segundo o gerente comercial Marcel Ostrowski, atualmente existe certa burocracia que impede maior agilidade nos processos protocolados via papel. “Foi demonstrado nessa primeira reunião que de uma média superior a 48h para liberação de documentos nos portos. Este prazo poderia ser reduzido para pouco mais de duas horas, aliando a verificação da integridade física do lacre e da carga, também com a evolução do processo documental”, comenta.

Ainda de acordo com o gerente, além de acelerar o processo de exportação, a nova tecnologia pode diminuir os tempos logísticos, os custos (armazenagem, transporte etc) e até incentivar outras empresas a exportar pelo Porto de Paranaguá. “E a diminuição de custos e consequente incremento da margem e do resultado, pode inclusive aumentar a movimentação de congelados pelos Portos Brasileiros, em especial Paranaguá”, afirma Ostrowski.

O representante da Martini Meat explica que com a implantação do lacre eletrônico, o container não precisará ficar parado muito tempo no pátio aguardando a liberação. Portanto, o custo com energia elétrica seria reduzido. Além disso, com o novo processo, “haveria uma maior disponibilidade de ativos de transporte (caminhões, ferrovias), o que poderia incrementar a quantidade de containeres exportados”. “Ainda não é possível mensurar de quanto seria essa diminuição no gasto de energia ou o incremento de volumes exportados. Mas a tendência é que isto de fato ocorra”, conclui.

 

Fonte: Informativo dos Portos
 
 
 
 

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