Cresce
apoio para resolver o impasse sobre o PCES da Codesp
A
novela sobre a árdua e incansável luta dos empregados da Companhia Docas do
Estado de São Paulo (Codesp) para que o Plano de Cargos e Salários seja
finalmente implementado ganhou novos capítulos e importantes apoios políticos.
Além
do deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP), que vem se articulando com seus
pares e mantendo contatos frequentes com a direção do Sindaport, as fileiras
dos codespanos contam a partir de agora com a participação do assessor especial
do ministro chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, José Lopez Feijóo.
Tendo
no currículo a presidência do Sindicato dos Metalúrgicos, no ABC paulista,
entre 2005 e 2008, Feijóo se transformou em figura recorrente graças ao seu
espírito de liderança e talento nato para avaliar e resolver impasses na área
trabalhista. Ao deixar um dos mais importantes sindicatos do ABC paulista,
assumiu a vice-presidência da Central Única dos Trabalhadores (CUT). Suas
qualidades chamaram logo a atenção do ministro Gilberto Carvalho, que o
convidou para a assessoria especial, cargo que ocupa até hoje.
Segundo
o presidente do Sindicato dos Empregados na Administração Portuária
(Sindaport), Everandy Cirino dos Santos, trata-se de uma ajuda de peso e
relevante. "Ao ser informado do problema que há tempos aflige a categoria,
Feijóo se mostrou sensibilizado e afirmou que na próxima semana vai intervir em
favor dos portuários".
Segundo
Cirino, o assessor discutirá o tema diretamente com a ministra do Planejamento,
Orçamento e Gestão, Miriam Belchior, e com Murilo Francisco Barella, diretor do
Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (DEST), órgão do
ministério responsável pela análise econômica do PCES.
Considerado
um dos homens fortes da pasta do Planejamento e um dos mais capacitados
técnicos do Executivo, Barella estaria preocupado com o assunto que se arrasta
desde 2010. "Temos informações que existe uma predisposição do doutor
Barella em ajudar a resolver esse impasse de uma vez por todas", disse o
sindicalista.
Reunidos
em concorrida assembleia na última segunda-feira, os portuários decidiram dar
um voto de confiança ao Governo Federal, representado pela Secretaria Especial
de Portos (SEP) e pela CODESP. Demostrando maturidade, a categoria deliberou
por suspender momentaneamente o indicativo de greve no Porto de Santos.
"Foi
uma decisão madura, consciente e extremamente profissional dos companheiros,
que seguem aguardando e acreditando no compromisso assumido pelo ministro
Leônidas Cristino", avaliou Cirino. Para o dirigente, o momento é de
definição e a confiança no titular da SEP é grande. "Falamos de 1.400
portuários e estamos todos muito esperançosos para que as palavras dele se
transformem em realidade".
A
atuação do presidente da Codesp, Renato Barco, também é lembrada pelo líder do
Sindaport. "Temos lá as nossas divergências no âmbito do trabalho e isso é
natural em razão das posições que ocupamos, mas temos que reconhecer que ele não
vem medindo esforços com o objetivo de colaborar com a categoria".
De
acordo com Cirino, além da suspensão do indicativo de greve os empregados da
Codesp deliberaram pela marcação do ponto eletrônico a partir desta
quarta-feira. Na opinião do dirigente, os codespanos levaram em consideração
não apenas o compromisso do ministro, mas também o empenho e a colaboração do
presidente da Codesp, considerado por todos, "um prata da casa" e
profundo conhecedor dos problemas da estatal.
Nesta
terça-feira, o presidente do Sindaport encaminhou ofício ao ministro de Portos
informando as deliberações da assembleia e reiterando as reivindicações sobre o
PCES. "As lideranças sindicais e a categoria continuam acreditando na
mediação", disse. No próximo dia 25, os portuários realizam uma
manifestação na porta da presidência da Codesp e aguardam um desfecho favorável
até o dia 30.
Fonte:
Ass.Com. Sindaport / Denise Campos De Giulio
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