Em assembléia da Unidade Portuária, realizada na última
sexta-feira (24), na Sede do Sindaport, foi decidido adiar a greve para o dia
10 de junho.
"Se as nossas reivindicações não forem atendidas
até o dia nove de junho a Codesp entra em greve a partir das sete horas do dia
seguinte". Dita pelo presidente do Sindaport, Everandy Cirino dos Santos,
a emblemática frase sintetizou o resultado da assembléia conjunta dos
empregados da estatal que administra o Porto de Santos, realizada na noite da
última sexta-feira, na sede do sindicato.
Representada por nove sindicatos (dos Advogados,
Administradores, Contabilistas, Desenhistas e Projetistas, Engenheiros,
Jornalistas, Trabalhadores em Processamento de Dados, Operários Portuários, e
Sindaport), a categoria resolveu dar um voto de confiança ao titular da
Secretaria Especial de Portos (SEP), Leônidas Cristino, ao deliberar pela não
paralisação das atividades no complexo santista.
A esperança dos quase 1.500 doqueiros está no
compromisso assumido por Leônidas na terça-feira da semana passada, 21, com os
dirigentes do Sindaport e Sindicato dos Engenheiros, durante a audiência realizada
na sede da SEP, em
Brasília. No encontro o ministro chamou para si a
responsabilidade de conduzir o processo junto aos demais órgãos do Governo
Federal no sentido de solucionar a questão que se arrasta há mais de três anos.
Apesar da decisão, os portuários continuam em estado
de greve e estabeleceu a data de 9 de junho, quando se reúnem novamente em assembléia,
como prazo limite para o crédito dado ao titular da SEP. Se até lá o ministro
dos Portos ou a direção da Codesp não atender o pleito dos colaboradores e
estabelecer uma data para promover o realinhamento salarial através do Plano de
Cargos e Salários, a greve será inevitável.
Para Cirino, as palavras de Leônidas ecoaram de
maneira positiva na concorrida assembléia conjunta. "O compromisso
assumido pelo representante do Executivo foi muito bem recebido pelos
companheiros, que de forma responsável, serena e madura optaram pela
continuidade dos serviços, acreditando num desfecho favorável".
Ainda que a manifestação do ministro tenha gerado
ansiedade e até mesmo boas perspectivas na categoria, o dirigente ratifica que
a data marcada para a greve não será postergada. "A paciência do pessoal
acabou já que o problema vem sendo empurrado com a barriga pela Codesp, SEP,
Ministério do Planejamento, FIFA, ONU e etc. desde 2010". Segundo ele, os
portuários se reunirão novamente na noite do dia 9 apenas para ratificarem a
greve a partir das 7h da manhã seguinte, caso não sejam atendidos.
PCS
apócrifo
A circulação de um PCS apócrifo pelas dependências da
Codesp causou espanto entre os dirigentes sindicais das várias categorias de
portuários representadas na assembléia. O falso documento alardeava a suposta
existência de um Plano de Cargos e Salários, o qual teria sido elaborado com a
anuência dos sindicatos.
Na opinião do presidente do Sindaport, a ação foi
premeditada e teve como objetivo desestabilizar a categoria. "Esse
artifício de fomentar notícias contraditórias e falaciosas através da contra
informação era muito comum na época da ditadura e já está mais do que
ultrapassado".
Além dos sindicatos, Cirino também não acredita na
participação da direção da Codesp na elaboração e distribuição do boletim.
"Não é de responsabilidade dos sindicatos, e tenho absoluta certeza que a
direção da Codesp também não tomou parte dessa brincadeira". Para Cirino,
"fabricada" com amadorismo, a ação não surtiu o efeito desejado.
Fonte: Sindaport
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