Medida
Provisória dos Portos não pode prejudicar os trabalhadores, disse o presidente
da Central Única dos Trabalhadores CUT, Vagner Freitas, na 7ª Marcha das
Centrais Sindicais e Movimentos Sociais durante a manhã desta quarta-feira (6),
em Brasília. Na ocasião, mais de 50 mil trabalhadores tomaram o Eixo Monumental
e a Esplanada dos Ministérios com direção ao Congresso Nacional onde fizeram
ato público pelo desenvolvimento e valorização do trabalho.
É
preciso discutir as condições de trabalho e melhores salários para os
portuários, além da garantia de emprego dentro da nova regulamentação para o
porto público”, disse Freitas.
Durante
a Marcha, portuários se manifestaram contra reflexos da Medida Provisória
595/12 para a categoria. “Lutamos pelo fortalecimento da autoridade portuária
pública, defendemos o porto público e o desenvolvimento do setor portuário com
justiça social”, declarou o presidente da Federação Nacional dos Portuários
(FNP), Eduardo Guterra.
A
Marcha das Centrais iniciou no Estádio Nacional Mané Garrincha, durou mais de
três horas até a chegada no Congresso Nacional e reuniu trabalhadores de todos
os setores da economia brasileira. As reivindicações são a redução da jornada
para 40 horas semanais sem redução salarial, o fim do fator previdenciário, a
aplicação de 10% do PIB para educação, reforma agrária e política de
valorização dos aposentados.
A
grande manifestação foi terminada com uma homenagem ao ex-presidente da
Venezuela Hugo Chávez, que morreu ontem (5) à tarde. Chávez foi saudado pelos
manifestantes como “maior defensor das causas trabalhistas”. Os presidentes das
centrais sindicais devem se reunir com a presidenta, Dilma Rousseff, no final
do dia de hoje.
Portuários anunciam paralisação no próximo dia 19
A
Medida Provisória 595/2012, a chamada MP dos Portos, que está em tramitação no
Congresso foi um dos temas da conversa dos sindicalistas com o presidente do
Senado, Renan Calheiros, no início da tarde desta quarta-feira (6).
Os
sindicalistas anunciaram após o encontro com o presidente que farão uma
paralisação no próximo dia 19 por considerarem que as negociações com o governo
estão muito lentas.
– Estamos
em um processo de negociação com o governo e com o Congresso Nacional sobre a
MP dos Portos, mas ontem os portuários fizeram uma plenária e decidiram fazer
uma greve de 24 horas no próximo dia 19. Então, no dia 19 os portos ficarão
paralisados por 24 horas, um pouco para forçar a negociação. Essa negociação
está muito devagar.
Em
audiência pública realizada nesta terça-feira (5) no Senado, os sindicalistas
já haviam manifestado descontentamento com a MP. Os trabalhadores apontaram
riscos de privatização, redução dos postos de trabalho, achatamento salarial e
perda de direitos e cobram mudanças no texto.
A GUARDA PORTUÁRIA TEM QUE PARAR!
ResponderExcluirAQUI NO PARÁ MESMO SE O SINDGUAPOR NÃO QUISER ENTRAR NO MOVIMENTO, O SINDIPORTO VAI REPRESENTAR OS GUARDAS DA CDP.
FORA JONAS MELO, PRESIDENTE DO SINDGUAPOR.