Trabalhadores decidem parar porto na
próxima sexta em protesto contra a Medida Provisória
“Vamos
partir pro pau e parar o Porto de Santos”. A frase de Rodnei Oliveira da Silva,
Nei, presidente do Sindicato dos Estivadores, reflete bem o ânimo de revolta
dos trabalhadores portuários contra a Medida Provisória 595. Os sindicalistas
de Santos decidiram em demorada reunião na tarde desta sexta-feira (15),
antecipar para a próxima sexta-feira, uma greve de advertência de 6 horas,
independente da decisão da plenária nacional, que ocorre na próxima semana, em
Brasília.
Segundo
os sindicalistas, o discurso do Governo de que não haverá prejuízos aos
trabalhadores é apenas para evitar uma paralisação, pois a MP-595 vai retirar
direitos e reduzir o mercado de trabalho. “Nós não podemos ficar aguardando, de
forma impassível, temos que reagir e mostrar que Santos ainda é a cidade de
vanguarda na luta operária”, justificou Valdir Pestana, presidente dos
Rodoviários do Porto.
Os
demais sindicalistas concordaram, e alguns, como Robson Apolinário, do
Sintraport, Guilherme Amaral, dos Guindasteiros, e Everandy Cirino, do
Sindaport, defenderam que a greve deveria ser imediata, pois no próximo dia 20,
será instalada a Comissão Parlamentar que vai analisar a MP-595.
“Querem
acabar com Santos e temos que reagir”, disse o experiente sindicalista
portuário Vanderlei José da Silva, que era líder da estiva quando foi
implantada a Lei 8.630/93, de Modernização dos Portos. Os sindicalistas querem
mobilizar os prefeitos da região. Os vereadores Benedito Furtado e Douglas
Gonçalves, participaram da reunião.
Na
quinta-feira, presidentes das federações nacionais dos portuários estiveram
reunidos na Casa Civil, em Brasília, com a ministra Gleisi Holfmann, que
garantir que os direitos das categorias serão respeitados.
Os
líderes sindicais pediram ao governo federal mais discussão sobre as mudanças
introduzidas pela Medida Provisória (MP) 595/2012, que trata da reestruturação
do setor. “Todo mundo sabe que se estivador não quiser trabalhar, não tem como
nem importar nem exportar nada”, disse o deputado federal Paulo Pereira da
Silva (PDT-SP), presidente da Força Sindical, após a reunião.
Fonte:
Diário do Litoral
De:
ResponderExcluirRenan Barro
Enviada:
domingo, 17 de fevereiro de 2013 12:05:08
Para:
borges_cdp@hotmail.com
"Essa é a chance que a categoria possui de mostrar força e união, cruzar os braços e esperar que outros briguem por seus direitos é um risco que não vale a pena correr. O tempo está passando...
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