Manifestação
do Settaport sobre a MP 595 é repudiada
Revolta
e indignação. Essas foram as reações dos dirigentes de sindicatos de
trabalhadores portuários com as declarações do presidente do Sindicato dos
Empregados Terrestres em Transportes Aquaviários de Santos (Settaport),
Francisco Nogueira, a respeito da MP 595, publicadas nesta sexta-feira em A
Tribuna.
Nogueira
disse que, em reunião na última segunda-feira, em Brasília, dirigentes dos
Settaport de seis estados concluíram que a MP não representa ameaça aos
trabalhadores portuários, necessitando, porém, de alguns ajustes nos itens
sobre a instalação de novos terminais portuários.
Para
o presidente do Sindicato dos Conferentes de Carga, Descarga e Capatazia, Marco
Antônio Sanches, diante do atual quadro de apreensão, as declarações de
Nogueira foram “inoportunas”.
Compartilhando
da mesma opinião, o presidente do Sindicato do Bloco, Jozimar Bezerra de
Menezes, disse que a manifestação do Settaport não deve ser levada em
consideração. Já Everandy Cirino dos Santos, presidente do Sindaport, se disse
surpreso."Não esperava esse tipo de comportamento. É lamentável ver que
lideranças de outras entidades se prezam a praticar um sindicalismo notadamente
predatório”.
O
presidente do Sindogeesp, Guilherme do Amaral Távora, esclarece que a
representatividade das categorias também é motivo de discórdia entre os
portuários e o Settaport. "São embates jurídicos que poderiam ser evitados
se cada macaco ficasse no seu galho”.
Um
dos mais revoltados é o presidente do Sindicato dos Estivadores, Rodnei
Oliveira da Silva. "Defender a MP é o mesmo que ficar ao lado do Governo e
do grupo de empresários liderados por Eike Batista que fizeram o texto da
regulamentação”. Segundo ele, Nogueira está “ brincando com fogo” e a estiva
vai reagir para garantir o mercado de trabalho.
O
presidente do Sintraport, Robson Apolinário. também criticou. “Ele (Nogueira)
deu um tiro no pé ao tornar público sua inaptidão e incapacidade como gestor de
uma entidade sindical, bem como seu desconhecimento com as questões macros que
envolvem os portos”. Para Apolinário, o Settaport pratica o chamado
"sindicalismo burguês”.
Greve
Ao
contrário do Settaport, as lideranças dos demais sindicatos querem evitar que a
MP seja aprovada da forma como foi concebida e ameaçam deflagrar uma greve caso
não sejam atendidos. Há, entre eles, o consenso de que a MP vai acabar com o
porto público e reduzir o mercado de trabalho.
Fonte: Jornal A Tribuna
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