As
entidades de trabalhadores portuários informaram que a greve deflagrada entre 7h
e 13h de sexta-feira (22) paralisou a atividade de 30 portos em 12 Estados. O
movimento teve a adesão de cerca de 30 mil funcionários como estivadores,
conferentes, arrumadores, trabalhadores das companhias docas, entre outros.
De
acordo com a Força Sindical, realizam paralisações nesta manhã portos em
Alagoas, Amapá, Amazonas, Baia, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Pará, Paraíba,
Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul,
Santa Catarina, São Paulo e Sergipe.
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Paraná
Segundo
a APPA, a paralisação dos trabalhadores
impossibilitou a operação dos 16 navios, no período da manhã, que estão
atracados no cais dos portos de Paranaguá e Antonina. Somente um navio de
granel líquido, que não depende de mão de obra, operou normalmente. Nas demais
fainas, os trabalhadores foram requisitados, entraram no Porto, mas não
assumiram as funções.
Cerca
de 400 trabalhadores portuários avulsos (TPAs) que responderam à chamada do
turno das 7h às 13h, no Porto de Paranaguá, cruzaram os braços. Os dados são do
Órgão Gestor de Mão de Obra Portuária (Ogmo), mas não levam em conta os
caminhoneiros ligados à Cooperativa de Transportes e à Coopadubo, que também
aderiram ao movimento.
Nos
terminais privados, as estruturas de recepção de caminhões e vagões
permaneceram normal pela manhã. Somente no recebimento dos granéis do corredor
de exportação (parte pública), houve paralisação.
A
manifestação dos trabalhadores foi totalmente pacífica e não foram registrados
distúrbios ou aglomerações decorrentes do protesto.
A
partir das 13 horas, as atividades nos portos paranaenses foram retomadas
normalmente.
O
Espírito Santo teve 100% de adesão dos portuários vinculados e avulsos dos
portos públicos e privados.
Todos
os portos do Espírito Santo ficaram parados. De acordo com o Sindicato
Unificado da Orla Portuária (Suport-ES), mais de cinco mil trabalhadores
ficaram com os braços cruzados até às 13h. Os manifestantes estenderam faixas
em frente ao Palácio Anchieta, no Centro de Vitória, e se concentraram com
cartazes nos portos de Vitória, de Vila Velha, e Aracruz.
O
presidente da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa) informou que quatro
navios de carga estavam atracados nos portos, mas sem movimentação, o que
representou um prejuízo estimado em R$ 280 mil.
“Esperamos
que com essa abertura de diálogo possamos convencer a presidente Dilma Rousseff
de que, embora ela tenha tido o sentimento de não prejudicar a classe trabalhadora,
os prejuízos são enormes para os portos públicos, terminais privados já
existentes dentro da área organizada e, principalmente, os trabalhadores
vinculados às companhias docas e os avulsos”, avaliou o nosso presidente Ernani
Pereira Pinto.
No
nosso Estado, os companheiros fizeram cerca de 10 pontos de manifestação e pararam
a Codesa, TVV, Peiú, CPVV, Portocel, TPS, Technip e Hiperexport por seis horas.
Os
trabalhadores do Porto de Salvador aderiram à paralisação nacional e proibiram
o acesso de pessoas e cargas no terminal. Segundo informações da
Superintendência de Trânsito e Transporte do Salvador (Transalvador), por conta
da paralisação, uma fila de caminhões e carretas ficaram parados em frente ao
porto, na Cidade Baixa. A fila de caminhões chegou ao Terminal do Ferry Boat,
na Calçada.
"Somos
contrários a essa medida, já que se ela for aprovada como ela está, ela vai
acabar com o trabalhador portuário. Vai acabar com o nosso mercado de
trabalho", explicou o presidente do Sindicato dos Portuário da Bahia,
Ulisses Oliveira Júnior.io-BA
Maranhão
Trabalhadores
do Porto do Itaqui, em São Luis, aderiram à paralisação. A manifestação ocorreu
em frente ao terminal portuário.
No
Maranhão, o movimento contou com total e irrestrito apoio da Força Sindical,
declarou Frazão, que espera ser recebido a qualquer momento pela governadora
Roseana Sarney, juntamente com um grupo de dirigentes sindicais do estado.
Frazão espera que Roseana interfira junto a bancada federal maranhense, para
eliminar os atos nocivos aos trabalhadores portuários contidos na MP 595,
declara o sindicalista.
Manaus
Todos
os 800 estivadores do Porto Privatizado de Manaus, Porto Chibatão e Super
Terminais cruzaram os braços em paralisação organizada pelo Sindicato dos
Estivadores de Manaus (Setem/AM).
De
acordo com o presidente do sindicato, Claudovaldo Farias Barreto, conhecido
como Codó, todos os estivadores da capital estão concentrados nessas três
empresas
Pernambuco
Os
portuários de Pernambuco realizam
paralisação entre 8h e 14h, participando da mobilização nacional contra a
Medida Provisória (MP) 595, a chamada MP dos Portos. De acordo com o presidente
do Sindicato dos Operadores Portuários de Pernambuco (Sindope), Ricardo Luiz
Von Sohsten, a partir das 14h as atividades foram retomadas.
O
Complexo Industrial Portuário de Suape (PE), contudo, informou que a
paralisação não atrapalhou a movimentação do porto, pois não há nenhum navio
que utiliza mão de obra de trabalhadores avulsos previsto para atracar no
período.
Belém
Seguindo
o exemplo dos portos de outras cidades do país, os trabalhadores portuários dos
portos de Belém, Miramar e Vila do Conde, cruzaram os braços e protestaram. Na
capital, a concentração ocorreu nas proximidades do Porto de Belém.
"Não
venci todas as vezes que lutei, mas perdi todas as vezes que deixei de
lutar", disse Cileno Borges, guarda portuário durante a manifestação no
portão 17 do Porto de Belém.
Rio Grande - RS
Os
trabalhadores do Porto de Rio Grande, no Rio Grande do Sul, realizam uma
paralisação desde as 7 horas. De acordo com a assessoria da superintendência do
terminal, quase 500 funcionários cruzaram os braços e quatro navios que estavam
atracados, ficaram sem operar.
Santos - SP
Em
Santos, a Companhia Docas do Estado de São Paulo informou que, de 20 navios
atracados não operaram das 7h às 13h, apenas três operaram, pois conseguiram
realizar o embarque e desembarque de forma automatizada, sem mão de obra e cerca de 8 mil portuários paralisam as atividades.
Rio de Janeiro –
RJ
Funcionários e caminhões foram proibidos de entrar no porto. Segundo o
sindicato, carca de 5.000 trabalhadores ficaram parados. “nós queremos que não
privatize as companhias docas e que garanta o trabalho de acordo com a convenção
137 da OIT e da manutenção da Guarda Portuária”, disse Sergio Giannetto,
presidente do sindicato dos portuários.
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