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sábado, 23 de fevereiro de 2013

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GREVE PARALISOU 30 PORTOS E 30 MIL TRABALHADORES






As entidades de trabalhadores portuários informaram que a greve deflagrada entre 7h e 13h de sexta-feira (22) paralisou a atividade de 30 portos em 12 Estados. O movimento teve a adesão de cerca de 30 mil funcionários como estivadores, conferentes, arrumadores, trabalhadores das companhias docas, entre outros.

De acordo com a Força Sindical, realizam paralisações nesta manhã portos em Alagoas, Amapá, Amazonas, Baia, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe.

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 Paraná

Segundo a APPA, a  paralisação dos trabalhadores impossibilitou a operação dos 16 navios, no período da manhã, que estão atracados no cais dos portos de Paranaguá e Antonina. Somente um navio de granel líquido, que não depende de mão de obra, operou normalmente. Nas demais fainas, os trabalhadores foram requisitados, entraram no Porto, mas não assumiram as funções.

Cerca de 400 trabalhadores portuários avulsos (TPAs) que responderam à chamada do turno das 7h às 13h, no Porto de Paranaguá, cruzaram os braços. Os dados são do Órgão Gestor de Mão de Obra Portuária (Ogmo), mas não levam em conta os caminhoneiros ligados à Cooperativa de Transportes e à Coopadubo, que também aderiram ao movimento.

Nos terminais privados, as estruturas de recepção de caminhões e vagões permaneceram normal pela manhã. Somente no recebimento dos granéis do corredor de exportação (parte pública), houve paralisação.

A manifestação dos trabalhadores foi totalmente pacífica e não foram registrados distúrbios ou aglomerações decorrentes do protesto.

A partir das 13 horas, as atividades nos portos paranaenses foram retomadas normalmente.

Espírito Santo





O Espírito Santo teve 100% de adesão dos portuários vinculados e avulsos dos portos públicos e privados.

Todos os portos do Espírito Santo ficaram parados. De acordo com o Sindicato Unificado da Orla Portuária (Suport-ES), mais de cinco mil trabalhadores ficaram com os braços cruzados até às 13h. Os manifestantes estenderam faixas em frente ao Palácio Anchieta, no Centro de Vitória, e se concentraram com cartazes nos portos de Vitória, de Vila Velha, e Aracruz.

O presidente da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa) informou que quatro navios de carga estavam atracados nos portos, mas sem movimentação, o que representou um prejuízo estimado em R$ 280 mil.

“Esperamos que com essa abertura de diálogo possamos convencer a presidente Dilma Rousseff de que, embora ela tenha tido o sentimento de não prejudicar a classe trabalhadora, os prejuízos são enormes para os portos públicos, terminais privados já existentes dentro da área organizada e, principalmente, os trabalhadores vinculados às companhias docas e os avulsos”, avaliou o nosso presidente Ernani Pereira Pinto.

No nosso Estado, os companheiros fizeram cerca de 10 pontos de manifestação e pararam a Codesa, TVV, Peiú, CPVV, Portocel, TPS, Technip e Hiperexport por seis horas.

Bahia





Os trabalhadores do Porto de Salvador aderiram à paralisação nacional e proibiram o acesso de pessoas e cargas no terminal. Segundo informações da Superintendência de Trânsito e Transporte do Salvador (Transalvador), por conta da paralisação, uma fila de caminhões e carretas ficaram parados em frente ao porto, na Cidade Baixa. A fila de caminhões chegou ao Terminal do Ferry Boat, na Calçada.

"Somos contrários a essa medida, já que se ela for aprovada como ela está, ela vai acabar com o trabalhador portuário. Vai acabar com o nosso mercado de trabalho", explicou o presidente do Sindicato dos Portuário da Bahia, Ulisses Oliveira Júnior.io-BA



Maranhão

Trabalhadores do Porto do Itaqui, em São Luis, aderiram à paralisação. A manifestação ocorreu em frente ao terminal portuário.

No Maranhão, o movimento contou com total e irrestrito apoio da Força Sindical, declarou Frazão, que espera ser recebido a qualquer momento pela governadora Roseana Sarney, juntamente com um grupo de dirigentes sindicais do estado. Frazão espera que Roseana interfira junto a bancada federal maranhense, para eliminar os atos nocivos aos trabalhadores portuários contidos na MP 595, declara o sindicalista.

Manaus

Todos os 800 estivadores do Porto Privatizado de Manaus, Porto Chibatão e Super Terminais cruzaram os braços em paralisação organizada pelo Sindicato dos Estivadores de Manaus (Setem/AM).

De acordo com o presidente do sindicato, Claudovaldo Farias Barreto, conhecido como Codó, todos os estivadores da capital estão concentrados nessas três empresas

Pernambuco

Os portuários de Pernambuco realizam paralisação entre 8h e 14h, participando da mobilização nacional contra a Medida Provisória (MP) 595, a chamada MP dos Portos. De acordo com o presidente do Sindicato dos Operadores Portuários de Pernambuco (Sindope), Ricardo Luiz Von Sohsten, a partir das 14h as atividades foram retomadas.

O Complexo Industrial Portuário de Suape (PE), contudo, informou que a paralisação não atrapalhou a movimentação do porto, pois não há nenhum navio que utiliza mão de obra de trabalhadores avulsos previsto para atracar no período.

Belém




Seguindo o exemplo dos portos de outras cidades do país, os trabalhadores portuários dos portos de Belém, Miramar e Vila do Conde, cruzaram os braços e protestaram. Na capital, a concentração ocorreu nas proximidades do Porto de Belém.

"Não venci todas as vezes que lutei, mas perdi todas as vezes que deixei de lutar", disse Cileno Borges, guarda portuário durante a manifestação no portão 17 do Porto de Belém.


Rio Grande - RS

Os trabalhadores do Porto de Rio Grande, no Rio Grande do Sul, realizam uma paralisação desde as 7 horas. De acordo com a assessoria da superintendência do terminal, quase 500 funcionários cruzaram os braços e quatro navios que estavam atracados, ficaram sem operar.

Santos - SP



Em Santos, a Companhia Docas do Estado de São Paulo informou que, de 20 navios atracados não operaram das 7h às 13h, apenas três operaram, pois conseguiram realizar o embarque e desembarque de forma automatizada, sem mão de obra e cerca de 8 mil portuários paralisam as atividades.

Rio de Janeiro – RJ
 


Funcionários e caminhões foram proibidos de entrar no porto. Segundo o sindicato, carca de 5.000 trabalhadores ficaram parados. “nós queremos que não privatize as companhias docas e que garanta o trabalho de acordo com a convenção 137 da OIT e da manutenção da Guarda Portuária”, disse Sergio Giannetto, presidente do sindicato dos portuários.


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