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segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

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ALCKMIN APÓIA OS PORTUÁRIOS







O poder de articulação e mobilização dos nove sindicatos de trabalhadores portuários de Santos já começa a dar resultados. Depois de obterem o importante apoio do prefeito Paulo Alexandre Barbosa, as lideranças das categorias subiram a serra em direção ao Palácio dos Bandeirantes, na capital paulista, e conseguiram mais um aliado de peso na luta contra a Medida Provisória 595, o governador de São Paulo Geraldo Alckmin.

Solícito e demonstrando extrema preocupação com o Porto de Santos e os impactos negativos que a MP poderá ter na economia do maior Estado da Federação, Alckmin se colocou ao lado dos trabalhadores e disse que fará gestões no sentido de tentar reverter o quadro. O governador irá propor ao Governo Federal e aos parlamentares a transformação da MP em projeto de lei seguido de uma ampla discussão sobre o tema, com a participação dos trabalhadores dos portos.

Para o presidente do Sindaport, Everandy Cirino dos Santos, a entrada do mandatário paulista no processo desencadeado pelos dirigentes sindicais representa um grande avanço para a categoria. "A postura do governador não me surpreendeu considerando seu compromisso com as cidades que compõem a Região Metropolitana da Baixada Santista, em especial a cidade de Santos, como também com o porto e trabalhadores do setor".

Considerado um dos maiores caciques do PSDB, Geraldo Alckmin levará sua proposta ao conhecimento de seus pares no Congresso Nacional. "É uma iniciativa relevante sob o ponto de vista de articulação política que nesse momento é de fundamental importância em razão do início dos trabalhos da comissão parlamentar mista constituída para apreciar as emendas propostas à MP", disse o sindicalista. Sem data marcada, os trabalhos da comissão podem iniciar a qualquer momento, em Brasília.

Outra notícia que trouxe alívio aos sindicalistas presentes foi a possível audiência entre o governador e a presidenta Dilma Rousseff. Geraldo Alckmin afirmou que tentará um encontro com a mandatária para discutir a polêmica MP. "Ainda que indiretamente, abre-se a possibilidade de um canal de comunicação entre trabalhadores e Governo, o que lamentavelmente não aconteceu até o momento", afirmou Cirino. 

Segundo o representante do Sindaport, o governador do Estado se certificou de todos os problemas causados pela nova regulamentação. "Aproveitamos a oportunidade para detalhar as consequências que a MP poderá ter sobre os empregados da Codesp em razão da possível privatização das administrações das autoridades portuárias, além da questão do mercado de trabalho dos avulsos, a extinção imediata do CAP (Conselho de Autoridade Portuária) e gradual do Ogmo (Órgão Gestor de Mão de Obra)". Ele ressalta que o novo marco regulatório causou a descontinuidade administrativa entre os vários agentes que atuam no seguimento.

A retração dos investimentos no complexo portuário santista foi salientada por Cirino. "Com que segurança e garantia o empresariado vai investir em equipamentos, infraestrutura e qualificação profissional se nem ele sabe se continuará com o terminal?". Na última semana o Governo anunciou a relicitação de 150 terminais portuários instalados nos portos públicos. A ameaça acabou levando vários empresários de Santos a participarem da reunião com Geraldo Alckmin, na carona dos sindicatos.

O ministro de Portos, Leônidas Cristino, também será acionado pelo governador. "Apesar de suas limitações decorrentes de absoluta falta de autonomia, sem forças até mesmo para sacramentar um simples acordo coletivo de trabalho dos empregados da Codesp, não deixa de ser um interlocutor do governo". Participaram da audiência representantes dos seguintes sindicatos da categoria: Trabalhadores de Bloco, Consertadores, Conferentes, Estivadores, Sintraport (Operários Portuários), Sindogeesp (Operadores de Guindastes e Empilhadeiras), Rodoviários e Vigias. Ainda, o secretário municipal para Assuntos Portuários, José Eduardo Lopes, os deputados federais eleitos por São Paulo, Márcio França (PSB), Paulo Pereira (PDT) e Beto Mansur (PP).

 

Fonte: DCG / AssCom Sindaport
 
 
 
 

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