Proprietários de vans
apresentaram tickets ratificando cobrança de “pedágio”
Vários
proprietários de vans e micro-ônibus apresentaram nesta quarta-feira (23)
dezenas de tickets no valor de R$ 25,00, referentes à cobrança da entrada de
veículos no pátio do Terminal Marítimo de Passageiros Giusfredo Santini -
Concais, de Santos, ratificando denúncia do presidente do Sindicato das
Empresas de Transporte, Locação e Fretamento de Micro-Ônibus no Estado de São
Paulo (Setlofemesp), Edson Rocha, o Edinho.
Na
última terça-feira (22), a assessoria de imprensa do Terminal revelou que a
informação não procedia. Ontem, diante dos tickets apresentados, a assessoria
explicou que o único ticket fornecido pelo Concais é o de estacionamento e que
o terminal credencia as empresas de transporte de turistas, que estejam
regulamentadas por um órgão governamental — a exemplo dos táxis que são
cadastrados pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) e de ônibus de
fretamento regulamentados pela Agência de Transporte do Estado de São Paulo
(ARTESP).
No
entanto, junto com os tickets, os transportadores voltaram a questionar a
empresa, alertando que a cobrança seria completamente irregular, pois o
terminal funciona dentro de área federal e não pode haver diferença, já que o
serviço é o mesmo.
Edinho
disse que já está buscando o cancelamento da taxa junto a Prefeitura de Santos
e por intermédio do deputado federal Beto Mansur (PP) e com o presidente de
Câmara, Sadao Nakai (PSDB).
Além
da cobrança, o sindicalista revelou que os donos de vans são obrigados a
estacionar na Avenida Perimetral (onde geralmente são multados por agentes de
trânsito) e os passageiros a andar debaixo de chuva e enfrentar lama, trilhos
de trem e outros obstáculos.
O
sindicalista voltou a denunciar outro problema já abordado pelo Diário do
Litoral no ano passado: um suposto acordo “desleal”, entre o Concais e as
principais empresas de ônibus particulares de São Paulo, em que os passageiros
estão sendo transportados do Terminal do Jabaquara (SP) ao Concais, e
vice-versa, sem passar pela Rodoviária de Santos.
A
iniciativa estaria desfavorecendo não só as vans, mas também os táxis, não
contribuindo para a economia de Santos. O problema desfavorecia também outro
segmento: o comércio, principalmente do centro da Cidade (restaurantes, bares,
lojas em geral), pois os passageiros não teriam a possibilidade de consumir
bens e serviços, gerando mais impostos.
Sobre
a questão, o Concais alegou que a linha é regulamentada pela ARTESP a pedido da
Prefeitura de Santos, situação que já foi desmentida pelo então prefeito João
Paulo Tavares Papa (PMDB). Edinho também está levando esse problema para a
administração do prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB).
Por
Carlos Ratton – Diário do Litoral
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