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sábado, 6 de outubro de 2012

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PCC ATUA NA BAIXADA SANTISTA


SEGURANÇA PÚBLICA / ORGANIZAÇÕES CRIMINOSAS





Reportagem publicada pelo Jornal Folha de São Paulo, revela que a organização criminosa denominada Primeiro Comando da Capital - PCC, atua na Baixada Santista, com núcleos nas cidades de Santos, São Vicente e Guarujá.


Cerca de 400 documentos apreendidos em operações policiais obtidos pela Folha revelam que a organização criminosa PCC possui ramificações em 123 das 645 cidades do Estado e tem nas ruas um total de 1.343 bandidos.

 
Esse número equivale ao contingente de dois batalhões da Polícia Militar e é quase o dobro do número de homens da Rota -considerada a tropa de elite da polícia paulista.

 
A facção, que está espalhada por todas as regiões do Estado, é hoje a principal suspeita de cometer uma série de ataques contra as forças policiais do Estado. Até ontem, desde o começo do ano, 73 PMs foram assassinados.

 
Conforme a vasta documentação que está em um banco de dados do Ministério Público, cada um dos 1.343 criminosos é obrigado a pagar à organização uma mensalidade de R$ 600, o que dá uma renda mínima de R$ 805 mil para o PCC.

 
Em troca da mensalidade, o criminoso obtém benefícios no caso de ser preso (advogado, ajuda financeira para a família) e o direito de se identificar entre criminosos como integrante do PCC.

 
A organização conta ainda com o lucro obtido com a venda de drogas, cigarros contrabandeados para os presídios e assaltos. Segundo é possível aferir nos documentos, o PCC arrecada por mês cerca de R$ 6 milhões.

 
Os arquivos, elaborados pelos próprios bandidos, foram apreendidos em três grandes operações policiais, já embasaram o Ministério Público em duas denúncias judiciais e norteiam a polícia na desarticulação da facção.

 
Nas acusações formais, promotores de Santos pediram a prisão de 16 suspeitos de tráfico de drogas e de formação de quadrilha.

 
Essa documentação mostra que os criminosos se instalaram até em cidades pequenas, como Rifaina (na região de Ribeirão Preto), que tem 3.400 habitantes.

 
A capital paulista é o principal reduto do grupo, com 689 integrantes. As regiões de Campinas, com 230 membros, e de Santos, com 136, são outras em que o PCC tem um grande contingente.

 
Os arquivos revelam ainda o controle empresarial da facção, que cobra metas até na venda de drogas. Há dezenas de funcionários que embalam os entorpecentes, e uma série de "diretores" que são responsáveis por gerenciar a contratação dos advogados, a comercialização de rifas e a venda dos produtos ilícitos.

 

 
Pen Drive 

 
Os arquivos apreendidos eram destinados aos chefes da organização como uma forma de prestar contas. Os documentos são salvos em pen drives ou chips de celular e entregues semanalmente por motoboys nas principais prisões do Estado, onde entram clandestinamente.

 
"Referente às planilhas, toda semana devem mandar para o 4º, 6º PV [pavilhões da penitenciária Presidente Venceslau], as listas de empréstimos e a lista de dívidas gerais", afirma trecho do relatório assinado por um "diretor" que se identifica como Judeu, o responsável pela área financeira.

 
Nos arquivos constam ainda informações sobre parte do patrimônio do grupo: 13 imóveis, 88 fuzis, 63 pistolas, 11 revólveres, oito dinamites, 67 carros (sendo três blindados), sete motos e um caminhão. Nessa relação não estão os bens dos bandidos, como armas e carros pessoais.

 
O armamento que está nas planilhas fica sob a responsabilidade de alguns integrantes. Por exemplo, quando é necessário cometer um roubo, um criminoso pega um fuzil emprestado para o crime e depois o devolve. Se perder a arma, contrai uma dívida com a facção no valor do equipamento perdido.

 
Em março do ano passado, um criminoso identificado como XT foi preso pela Rota sob suspeita de planejar a morte de um policial. Dias depois, na casa dele a polícia apreendeu um fuzil. Como a arma era do PCC, consta em uma das planilhas que ele contraiu uma dívida de R$ 35 mil com a facção.
 
 
 
 
 
Necessidade
 
Para o procurador Márcio Sérgio Christino (especialista em crime organizado), embora haja o risco de apreensão por parte da polícia, o registro e controle de informações por parte dos criminosos do PCC é uma necessidade até para a subsistência da facção criminosa.

 
"Não é questão de vaidade ou outra coisa. Eles precisam disso para manter o controle. O líder que está preso hoje busca o controle total do que acontece do lado de fora. Para isso, ele precisa necessariamente de uma forma de comunicação. Quanto maior a organização, maior a necessidade de informação. A comunicação é uma necessidade e, ao mesmo tempo, o ponto fraco das organizações criminosas", disse Christino.
 


PCC lamenta prejuízos por ações da polícia em SP

 
Os arquivos da facção criminosa PCC revelam que os criminosos têm relatado dificuldades financeiras por co "É fato que vivemos momentos de esforço da parte do governo, que usa tudo o que pode para nos atrasar", diz trecho do documento obtido pela Folha, de outubro passado.
 
Nas duas mais exitosas operações, os policiais apreenderam mais de uma tonelada de droga e prenderam um traficante que é considerado pelo secretário da Segurança Pública, Antonio Ferreira Pinto, um dos maiores de São Paulo.
 
Em março, a delegacia de narcóticos apreendeu 1.200 kg de cocaína em um sítio em Jarinu (na região de Campinas) e em mais seis casas em São Paulo.
 
Conforme o delegado Newton Fugita, que atuou na ação, a perda é estimada em R$ 25 milhões.
 
No último dia 10, foi preso Cláudio Marcos de Almeida, 41, o Django. Ele controlava 50% do volume de cocaína traficado pela facção, estima a polícia.

 
Segundo o secretário Ferreira Pinto, o suspeito ofereceu R$ 1 milhão aos policiais para escapar da detenção, o que foi recusado.

 
Exagero da mídia

 
Ao ser questionado sobre a atuação do PCC, Ferreira Pinto é categórico: "a influência do PCC é exagerada pela mídia". "Não é questão de minimizar o PCC. O que eles têm são 30, 40 pessoas que controlam o tráfico em larga escala."

 
É por essa razão, segundo ele, que a facção criminosa elegeu como alvo prioritário a Rota. Para Ferreira Pinto, as prisões de traficantes feitas pela tropa da PM minam as finanças do PCC. Vem daí as mortes de policiais aparentemente ordenadas pela facção.

 
A prova de que as prisões passam por um "momento tranquilo", segundo ele, é que a polícia não entra numa prisão para conter rebeliões há cinco anos.

 
A pergunta é se essa tranquilidade não seria um sintoma de que está tudo controlado pelo PCC, e que não há interesse em confrontos, que atrapalham os negócios. Ferreira Pinto inclui essa hipótese na categoria das lendas.

 
Fonte: Folha de São Paulo


Um comentário:

  1. Quero muito saber de uma tal de
    TORRE DA BAIXADA SANTISTA É UM DESMEMBRAMENTO DO PCC??

    INFELIZMENTE NA ESQUINA DA CASA DOS MEUS PAIS TEM UMA BIQUEIRA,ELES AMEAÇAM OS MORADORES SE CHAMAREM A POLICIA ATÉ POR BRIGAS DOMESTICAS,É O FIM DO MUNDO VC NÃO MANDA NEM NA SUA CASA.
    PULARAM O MURO ESCONDERAM DROGAS EM VÁRIOS LUGARES DO MURO NA CASA E POR NINGUÉM SABER DE NADA MEU SOBRINHO FOI PRESO POR ISSO E DE QUEM FOI O PREJUÍZO? DA FAMÍLIA QUE NEM SABE O QUE FAZ O MENINO TEM 18 ANOS,RÉU PRIMÁRIO E FOI ACUSADO DE TRAFICO DE DROGAS E AGORA O QUE FAZER ELE ESTÁ NA CADEIA QUEM VAI PAGAR A CONTA DO ADVOGADO,MINHA IRMÃ É SOZINHA E DESEMPREGADA NO MOMENTO.PEDIMOS PARA COLOCAR ELE NO SEGURO FOI A ÚNICA CONTRIBUIÇÃO QUE DERAM A ELA POR BILHETE PARA NÃO MISTURAR COM A BANDIDAGEM.
    EMAIL CRIADO COM PERFIL FALSO SÓ PARA ALGUÉM ME AJUDAR, PODE SER DE QUALQUER LADO LITERALMENTE QUERO MEU SOBRINHO FORA DA CADEIA DE SERRANA.

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