SEGURANÇA PÚBLICA PORTUÁRIA / GUARDA PORTUÁRIA
Guardas portuários trabalham em jornadas excessiva de trabalho
O
Ministério Público do Trabalho (MPT) decidiu ajuizar ação civil pública (ACP)
contra a Superintendência do Porto de Rio Grande (Suprg), devido a jornada
excessiva de trabalho dos guardas portuários. Na quinta-feira, 25, o MPT
realizou inspeção de surpresa no cais do Porto, onde as irregularidades foram
constatadas. A ação é da procuradora do Trabalho Fernanda Pessamílio Freitas
Ferreira (do MPT em Pelotas). A investigação teve o apoio do procurador do
Trabalho Cláudio Cordeiro Queiroga Gadelha (do MPT em João Pessoa/PB).
Conforme relato dos guardas portuários,
contratados como celetistas, há pelo menos 27 anos não é feito concurso
público. A jornada de trabalho da categoria, por lei, é de seis horas diárias,
totalizando 36 horas semanais, uma vez que há alternância de turnos.
Entretanto, todos trabalham doze horas diárias, portanto, realizam seis horas
extras por dia. A escala de trabalho é de 12 horas trabalhadas por 12 horas de
descanso. Ou seja, trabalham durante quatro dias das 7h às 19h, folgam um dia,
e trabalham mais quatro dias das 19h às 7h.
concreto deteriorado buracos - risco aos trabalhadores
concreto deteriorado buracos - risco aos trabalhadores
Os procuradores também constataram diversas
irregularidades no Porto. A entrada da equipe no Porto foi feita sem o pedido
de identificação e sem entrega de equipamentos de proteção individual (EPIs).
Uma pá carregadeira estava sem a sonorização de ré. Toda a estrutura não
apresentava sinalização em suas vias. O chão apresenta muitos desníveis e
representa perigos aos trabalhadores. Não foram vistos equipamentos de
salvatagem. Não havia extintores nas paredes dos armazéns. O cais de atracação
não tinha boias. A deterioração do concreto em algumas partes é evidente.
vias de acesso não tem sinalização
Superintendência
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