O ROUBO DE CARGA NECESSITA DE AÇÕES INTEGRADAS DE TODAS AS AUTORIDADES
A revelação feita pelo coronel Sérgio Malucelli, diretor da Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado do Paraná (Fetranspar), de que o Paraná não tem uma estrutura adequada para prevenir e combater os roubos de cargas que acontecem nas rodovias, é bastante inquietante, sobretudo porque evidencia uma total desproteção de quem contribui, de forma efetiva, para o fomento do comércio. Não se pode permitir que criminosos tomem conta das estradas paranaenses, atemorizando motoristas e causando prejuízos à economia.
Especialistas sustentam que o roubo de cargas gera diversos problemas. Isso porque a perda patrimonial e o valor dos seguros acabam aumentando. O roubo estimula outros crimes e serve de moeda de troca na compra de drogas. Tudo isso acaba aumentando a criminalidade em prejuízo da segurança da população, reduz a arrecadação de impostos e taxas, e afeta ainda outros seguros como de vida e saúde que passam a custar mais caro. Inclusive o número de seguradoras que oferecem o serviço em carteira vem diminuindo devido ao elevado risco.
Os donos de transportadoras e as entidades que as representam defendem a aprovação de leis mais rigorosas, uma estrutura de resposta policial e fiscal eficiente, compatível com a dimensão do problema, e o reforço de ações específicas para o combate aos receptadores. São eles que encomendam as cargas, estimulando este tipo de delito. Defende-se, também, a aprovação de modificação na legislação vigente permitindo que a autoridade policial possa abrir baús e contêineres lacrados pela Receita e colocar um novo lacre.
A situação no Paraná é bastante delicada. A Fetranspar constatou, através de notificações encaminhadas diretamente à entidade, um aumento na incidência deste tipo de crime. No ano passado, a Federação tomou conhecimento de 17 casos de roubo de carga. Neste ano, em apenas seis meses, foram 35. A instalação de delegacias especializadas em regiões estratégicas do estado, o reforço dos efetivos das polícias rodoviárias Federal e Estadual e a intensificação de patrulhamentos nas estradas com maior incidência deste tipo de crime, são pleitos que serão encaminhados às autoridades governamentais, pelas transportadoras.
Fonte: Jornal da Manhã - Ponta Grossa -PR
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