A Esquadra realizou, no dia 1º de fevereiro, um exercício de Incidente de Proteção Marítima, nas proximidades da Ilha Rasa, no Rio de Janeiro. O propósito do evento foi adestrar um grupamento operativo e avaliar seu desempenho na tarefa de abordar uma plataforma com suspeita de estar dominada por elementos adversos. Para isso, foi infiltrado um destacamento de mergulhadores de combate, empregando helicóptero e embarcação de rápida reação.
A condução do exercício ficou a cargo do Comandante do Grupo-Tarefa da Operação “Aspirantex”, Contra-Almirante Carlos Augusto de Moura Resende. Além dos meios da Operação, participaram um helicóptero UH-14 “Pegasus” e um destacamento de Mergulhadores de Combate, embarcado na aeronave e em uma Lancha “Hurricane”, de casco semirrígido. A Base Naval do Rio de Janeiro apoiou o evento, servindo de base para as operações da aeronave.
O cenário criado para o exercício foi o sequestro de um navio mercante estrangeiro, simulado pelo Navio de Desembarque de Carros de Combate “Almirante Sabóia”. Na ação, um grupo terrorista, que buscava chamar a atenção da comunidade internacional sobre a situação precária de seu país, explorado economicamente pelas grandes potências, demonstrava insatisfação com a presença de forças militares estrangeiras nas costas e território de seu país, e ameaçavam detonar um artefato explosivo embarcado, caso as tropas e meios não fossem retirados imediatamente.
Primeiramente, a infiltração do Grupo Especial de Retomada e Resgate dos Mergulhadores de Combate (GERRMeC) foi realizada por militares que estavam na lancha e subiram pelo costado do navio em movimento e, posteriormente, pelo helicóptero UH-14 “Pegasus”, de onde desceram por meio de “Fast Rope”. O assalto foi um sucesso, o “navio mercante” foi libertado e os “sequestradores” presos.
Ainda durante a ação, a Lancha “Hurricane” acompanhou o “navio Mercante”, provendo apoio aproximado à retomada. A Corveta “Barroso” participou como Unidade de Superfície de Apoio de Fogo, estando pronta para empregar, simuladamente, seu armamento, para neutralização do navio.
O exercício foi proveitoso em diversos aspectos e uma oportunidade de familiarizar os meios da Esquadra com os documentos que regulam o assunto, inclusive a legislação internacional. O Grupamento de Mergulhadores de Combate pôde aprimorar o adestramento de suas equipes em retomada de plataforma, em uma situação bem próxima da realidade. Também foi uma oportunidade para realizar uma demonstração deste tipo de operação para os Aspirantes da Escola Naval, embarcados nos navios da Operação.
O Comandante de Operações Navais, Almirante-de-Esquadra Fernando Eduardo Studart Wiemer; o Comandante-em-Chefe da Esquadra, Vice-Almirante Wilson Barbosa Guerra; e o Chefe do Estado-Maior da Esquadra, Contra-Almirante Paulo Ricardo Médici, estavam a bordo do Navio de Desembarque de Carros de Combate “Almirante Saboia”, acompanhando e avaliando o exercício.
Fonte: Defesanet
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