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terça-feira, 12 de junho de 2012

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IMPASSE ENVOLVENDO A ESCALAÇÃO DOS TRABALHADORES PORTUÁRIOS IMPEDEM A OPERAÇÃO DOS NAVIOS

Depois de um final de semana e uma segunda-feira sem manifestação por parte dos trabalhadores, os operadores portuários que operam no cais público começam a sentir a dificultade na operação dos navios.

Empresários vão entrar com ação para conseguir mão de obra avulsa

Nesta terça-feira, representantes de cinco operadores do cais público do Porto de Santos, administrado pela CODESP, entrarão com uma ação na Justiça para pedir mão de obra avulsa diretamente dos sindicatos e não do Órgão Gestor de Mão de Obra (Ogmo).

Os empresários alegam que o impasse envolvendo a escalação dos portuários nos terminais santistas está trazendo graves prejuízos financeiros. 

Em fase o Ogmo não fornecer a mão de obra necessária, eles pretendem entar com uma liminar para escalar os trabalhadores direto com os Sindicatos.

O impasse está afetando a operação no Porto de Santos e cargas estão sendo desviadas para outros portos.


“Meu terminal teve prejuízo de R$ 1 milhão desde o dia 29, quando começou esse impasse na escalação de portuários. Hoje o porto tem 50 navios parados na barra, esperando pra atracar. A gente não anda sem mão de obra avulsa”, reclama Francisco Amorim do Prado, diretor do Terminal de Sal - Salinor.


Os terminais do cais público do Porto de Santos movimentam hoje sal, trigo, carga geral e celulose. Eles têm cinco embarcações paradas e sem possibilidade de movimentação de mercadorias. 


Segundo o Sindicato das Agências de Navegação Marítima do Estado de São Paulo (Sindamar), o prejuízo com o impasse no Porto de Santos já chega ao valor de R$ 40 milhões.


Operadores recrutam pessoal avulso


Três terminais de contêineres do Porto de Santos estão oferecendo 550 vagas para trabalhadores portuários avulsos (TPAs), como forma de retomarem os trabalhos no cais. O maior número de vagas, 350, está sendo oferecida pela Santos Brasil, cujas instalações ficam no Guarujá, enquanto o Tecondi e a Libra, em Santos, oferecem 100 vagas cada uma.


O requisito principal é que o candidato seja trabalhador portuário avulso, cadastrado junto ao Órgão Gestor de Mão de Obra - OGMO.


Repercusão


Segundo o presidente do Sindicato da Estiva, Rodnei Silva, a ofensiva dos empresários do porto em recrutar avulsos para serem contratados como celetistas está sendo interpretada como o desfecho de golpe organizadio pelos operadores portuários com a conivência do Ministério Público do Trabalho - MPT.


Para Rodney, o ato é um desrespeito dos operadores ao acordo coletivo de trabalho firmado com a estiva, e também uma forma de afrontar o sindicato, visando a precarização da mão de obra e a extinção da estiva.


Trabalhadores prometem novos protestos


Os diretores do sindicato da estiva prometem novos protestos ao longo do cais, principalmente na frente dos terminais da Santos Brasil e da Libra, que foram multados pelo MPT.


Veja abaixo o vídeo da matéria da TV Tribuna.




Fonte: Jornal A Tribuna - TV Tribuna - Diário do Litoral

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